sexta-feira, 9 de julho de 2010

VOCÊ É FIEL NO QUE FAZ?

"Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel". (I Corintios 4.1,2)

Tenho postado artigos aqui neste blog que tem o propósito de alertar a igreja do Senhor Jesus sobre esse tempo de apostasia que já presenciamos com o aumento da iniquidade, da perseguição de fora e da corrupção de dentro da igreja! É sabido que vivemos dias onde "o amor de muitos tem se esfriado", e isso condiz com aquilo que percebemos na palavra de Deus em II Timóteo 4.2: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas".

Vivemos insights desse tempo, onde as pessoas procuram justificar seus pontos de vista na base do ataque, com o uso de acusações desmedidas em direção de quem assume a posição de ensiná-las o caminho do verdadeiro Evangelho. Mas, na realidade, o que se percebe hoje já nos foi avisado pelas Escrituras e, o que devemos fazer é mantermo-nos fiéis em relação ao que temos recebido de Deus!

Como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus, temos de tomar algumas atitudes que são muito caras a quem deseja ser encontrado fiel:

01) Como "ministros de Cristo", somos escravos-remadores, e não celebridades.

A palavra que Paulo escolheu para usar como "ministros" no texto de I Corintios é justamente "huperethas" que originalmente essa palavra indicava aqueles que manuseavam a fileira de remos mais inferior de uma embarcação. Eram os remadores de terceira categoria, os que ficavam nos porões ao ritmo de um tambor e afligidos por fortes chicotadas.

Dai o que implicamos desse termo é que não temos de dar o ritmo, não somos condutores, somos remadores! Reconhecemos nosso devido lugar, nossa posição já está definida, precisamos manter o nosso trabalho não sob a influência de nossas próprias ideologias ou méritos pessoais, é bom lembrar aqui uma fala de João Calvino: “nenhuma obra que brota de nós é absolutamente perfeita e não infectada por alguma mancha”.

02) Como "despenseiros dos mistérios de Deus" somos zeladores daquilo que não é nosso.

É por ai. Não somos dono de nada que consiste de "mistérios de Deus", somos apenas mórdomos, cuidadores, administradores, pois a palavra aqui no grego é "oikonomos" que vem a ser "a quem o dono da casa ou o proprietário confiou a direção de seus negócios, seus gastos e receitas".

Como implicações preciso registrar que ninguém tem a unção de Deus para si, para uso mágico e místico, ou muito menos na igeja não temos esse negócio de dono ou chefe. Somos todos administradores de um bem maior que não nos pertence por legitimidade, apenas por graça. E graça é concessão!

Fico pensando que existem líderes em nosso meio que se sentem donos de seus ministérios, que fazem com que a obra de suas mãos prospere, mas sem a assistência e dependência do Espírito Santo. São escravos de seus próprios zelos. São reféns de suas potencialidades! Mas, na obra de Deus não existe marketeiros, a propaganda do nosso ministério quem faz é Deus é não nós!

Chega de gente querendo aparecer mais do que Jesus na igreja! Chega de pastor, seminarista ou quem quer que seja pensar de si mesmo maior conceito do que convém! Chega de aproveitadores usando o nome do Evangelho para enriquecerem e amealharem influências! Chega de usurpadores do sagrado, que um dia serão fulminados com o exercício da ira de Deus sobre os maus obreiros! Chega de gente pequena!

Que o Senhor, olhando para nós com graça, nos encontre em humildade de coração, e possa fazer com que os homens (eles sim!) nos considerem ministros e despenseiros, e que no dia final sejamos encontrados fiéis! Ai, receberemos a recompensa dEle que é muito melhor do que os elogios vazios dos homens.

Maranatha! Ora, vem Senhor Jesus!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CONSIDERAÇÕES AO CLÁUDIO, E A QUEM INTERESSAR POSSA!

01) Paulo não ratificou o dízimo, mas Jesus sim ao citar que não devemos omitir o dízimo em nossa prática de vida piedosa!

(Mateus 23:23) - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.

Olha a ênfase que eu dou ao "não omitir aquelas". Jesus não decretou o fim dos dízimos, pelo contrário realçou esse principio, ao dizer também que a nossa justiça precisa exceder (isto é, ir além) da dos escribas e fariseus.

(Mateus 5:20) - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

E ainda, o autor a carta aos Hebreus diz:

(Hebreus 7:4) - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. Falando acerca de Melquisedeque (o sacerdote de Salém), a quem Abraão entregou seu dizimo, uma prática por isso, consistente da fé bem antes da lei Mosaica.

O apóstolo Paulo não usou a palavra "dizimo", mas em II Corintios 8 ele fala claramente de contribuiçao financeira:

(II Corintios 8:7) - Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.

Que graça era essa? A de contribuir com os dízimos e ofertas, basta ver o contexto!

02) Vou repetir o que já tenho escrito aqui à exaustão: as igrejas sérias sempre vão prestar contas dos dizimos e ofertas de seus membros! E os crentes que não sabem da movimentação financeira de sua igreja precisam rever suas igrejas! Digo isso categoricamente: na minha igreja nos meses de janeiro, maio e setembro todas as contas são abertas para apreciação em "Assembléia Geral de Membros", e qualquer membro pode questionar, opinar, perguntar e fazer outras solicitações do modo como prescrevemos e mantemos a obra do Senhor! Isso é comum, repito em igrejas sérias (indepedentemente da denominação)>

03) Não há cobrança de dízimos em igreja sérias, salvo em igrejas-mercado do tipo "universal", "poder mundial", "internacional da graça" e "comunidades" em geral... Dízimo é doação, é gratidão! Gratidão não se impõe, nem se sugere, se tem ou não! O propósito de meus artigos é na tentativa de acordar esse espirito generoso (essa palavra vem de "gene", "gente" mesmo)...

04) Olha os crentes que vendiam suas "herdades" (propriedades, bens, como queira!) não se circunscreve apenas ao que sobrava não... eles davam tudo mesmo, confira no texto:

(Atos 4:32) - E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.

"Todas as coisas", são "todas as coisas", ora eles entregavam seus bens por inteiro à obra social, numa crença na iminenente vinda do Senhor Jesus! Isso não é dízimo, é "comunismo cristão"!

05) Sobre os testemunhos históricos me calo. Pela seguinte razão: para mim os testemunhos das Escrituras são superiores do da história! A prática da entrega dos dízimos é bíblica! Agora, a entrega dos dízimos é uma questão de obediência e liberalidade! Não é cobrança! É doação graciosa! Quem dá, sabe que é abençoado! E, são muitos os sinceros testemunhos nesse sentido! Trata-se de fé madura e serena, de quem de fato, vai além das especulações humanas! Repito, há muitos que não gostam de dizimar, não entregam suas ofertas e o fazem com o argumento de investimentos sociais! Mas, por experiência própria aqui em nossa igreja: os que mais apóiam as obras sociais que mantemos aqui são os fiéis dizimistas! Quem não entrega o dízimo ao Senhor, não teme sonegar aos homens qualquer tipo de oferta ou consideração social.

Fico por aqui. E, me calo diante do testemunho eloquente das Escrituras:

(Malaquias 3:10) - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

(I Corintios 9:13) - Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?

(I Corintios 9:14) - Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.

(Atos 20:35) - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.

ESCLARECIMENTOS SOBRE O DIZIMO!

Como percebo que o assunto é ainda bombástico, embora tenha farta base bíblica e faça parte da nossa rica herança judaico-cristã, vou me ater a alguns outros esclarecimentos que julgo serem necessários para a compreensão correta desse principio-valor tão necessário para o nosso contexto eclesiástico:

01) O dízimo, além de uma oferta de amor é uma questão de obediência, pois há vários textos no Antigo Testamento e no Novo Testamento que comentam de dízimos e contribuições que eram e sempre foram solicitadas para o bem estar da obra de Deus.

02) Acerca dos abusos relacionados ao mau uso do dinheiro entregue no contexto da igreja local, eu sei que há sim... eu nem coloco ai em questão as ofertas dadas a tele-evangelistas, pois você mesmo sabe que sou críticos deles, eu falo em contextos de igreja, sobretudo da igreja a que o crente é filiado!

03) Mas, eu não encontro base bíblica para o desvio de dízimo quando se imagina que o mesmo não esteja sendo bem aplicado por algumas razões, dentre elas: o dízimo é dado ao Senhor (e não com vistas a ser administrado pelo próprio dizimista!); o dízimo é uma contribuição para o culto do Senhor e para as obras que a igreja estiver envolvida, deduzo isso ainda no contexto do Antigo Testamento quando ao tratao de Deus para com a tribo de Levi que não teria terra em Israel, pois o Senhor estaria sustentanto e no Novo Testamento quando diz que "é digno o obreiro do seu salário"; e ainda pelo fato de que se o crente não está satisfeito com o uso do dinheiro deve questionar publicamente a liderança (isso em Assembléia de Membros) e caso não seja atendida deve procurar uma igreja mais idônea, ao meu ver este é o processo! E sem contar que Malaquias 3.10 diz para entregarmos o dizimo na "casa do tesouro", me parece que essa é uma expressão que diz respeito à igreja e não a uma ONG ou qualquer instituto que presta serviços sociais.

04) O dizimo nunca foi uma espécie de "imposto de renda para financiar o templo", amada, há menção da entrega do dízimo no contexto pré-mosaico, em Genesis 14.20, quando Abraão, o Pai da fé (por que será, que logo alguém que tinha fé, né?) entregou o seu dízimo ao sacerdote Melquisedeque (cujo nome significa, não por acaso, "rei da justiça"). Tudo é simbólico e forte odízimo deve ser entregue em um contexto de fé (se tiver dúvidas se ele vai fazer falta ao seu orçamento é melhor não contribuir) e em uma atitude de justiça, por isso que o dízimo é medido em porcentagem (10%)para que tanto o pobre quanto o rico tenha o privilégio de colaborar com os santos!

04) Na igreja primitiva o mesmo procedimento a respeito do dízimo, isto é, sendo entregue em um contexto de gratidão encontramos. Não há discrepância entre o Antigo e o Novo Testamentos nesse ponto também. E digo que Jesus não precisaria falar novamente em dízimo, isso porque em tese esse assunto já era absoluto no seu contexto histórico, ele reforça no texto que eu cito no artigo justamente isso, deve-se buscar a piedade, a integridade sem omitir o que é normal num adorador convertido, a entrega do seu dízimo!

05) O fato dos irmãos que vendiam tudo o que tinham não foi citado por mim, porque isso não caracteriza entrega de dízimos, mas foi uma reação (até mesmo exagerada!) dos primeiros cristãos que, acreditando que o Senhor Jesus poderia voltar à qualquer momento, logo foram se desfazendo dos bens para desfrutarem daquilo que para eles seria imediato, o arrebatamento da igreja.

06) O dizimo é mais do que didática para o crente administrar o seu dinheiro, melhor do que isso temos cursos por ai, eu mesmo indicaria alguns, que ajudam os crentes a controlarem seus orçamentos e tudo o mais... Dízimo é expressão de fé e contentamento com Deus e alegria em contribuir para o alargamento do Reino de Deus através de uma igreja local.

Na realidade, em suma, eu posso concluir que está certo quem pensa que o Novo Testamento não fala muito de dízimo. Sim, concordo. O Novo Testamento fala da entrega completa do crente a Deus, sem melindres e sem desculpas. Quem não se entrega ao Senhor por inteiro acha difícil contribuir com 10%! Quem se entrega por inteiro, dá o dizimo, ofertas e a sua própria vida ao serviço do Mestre! E, para repetir o tom do artigo sobre o não-dizimista, ainda fala consigo mesmo: "vou deixar de ser parasita!".

É o que penso e ensino.

terça-feira, 6 de julho de 2010

NÃO LIGO PARA A MINHA REPUTAÇÃO!

Henry Suso foi um grande crente em dias passados. Um dia, ele estava buscando o que alguns crentes têm-me dito que também estão buscando: conhecer melhor a Deus. Vamos colocar isso nestes termos: você está procurando ter um despertamento religioso no íntimo de seu espírito que o leve para as coisas profundas de Deus. Bem, quando Henry Suso estava buscando a Deus, pessoas começaram a contar histórias más sobre ele, e isso o entristeceu tanto que ele chorou lágrimas amargas e sentiu grande mágoa no coração.

Então, um dia, ele estava olhando pela janela e viu um cão brincando no terraço. O animal tinha um trapo que jogava por cima de sim, e tornava a alcançá-lo apanhando-o com os dentes, e corria e jogava, e corria e jogava muitas vezes. Então Deus disse a Henry Suso: "Aquele trapo é sua reputação, e estou deixando que os cães do pecado rasguem sua reputação em pedaços e a lancem por terra para o seu próprio bem. Um dia, as coisas mudarão".

E as coisas mudaram. Não demorou muito até que os indivíduso que estavam atacando a reputação de Suso ficassem confundidos, e ele foi elevado a um lugar que o transformou numa autoridade em seus dias e numa grande bênção até hoje para aqueles que cantam seus hinos e lêem suas obras.

Vamos aprender com Suso? Que esta porção escrita por A. W. Tozer venha criar carne em o seu e o meu coração nesta tarde de terça feira! Não importa o que vêm falando de você seus críticos, lembre-se que o segredo é você sobreviver e creditar sua vitória a Jesus, o autor e consumador da nossa fé!

É o que eu quero para a minha vida, em primeiro plano!