quarta-feira, 27 de maio de 2009

O LIVRO "A CABANA" E ALGUMAS PERGUNTAS QUE NÃO ENCONTRO RESPOSTAS!

"A fé nunca sabe aonde está sendo levada. Mas conhece e ama Aquele que a está levando". (Oswald Chambers)

Eu confesso que ainda estou impressionado com o relato do livro sobre a inconsistência dos arrazoados humanos na tentativa de compreender o sofrimento. William P. Yong é um canadense, filho de missionários cristãos, que nasceu em uma tribo em Papua Nova Guiné e que completou seus estudos em Religião nos EUA. Ele é um cristão não enganjado em uma denominação, o que torna os seus escritos bem palatáveis aos mais liberais que só sabem criticar a igreja institucionada, como grande vilã da pobreza de vida cristã que eles mesmo vivem! (apenas um desabafo para fazer valer o que penso sobre esses intelectuais que partem de suas idéias para criticar a igreja mesmo fazendo parte dela!).

Mas, o diferencial do livro é que, embora possa vir a soar bem irreverente, a Trindade Divina é nos apresentada de uma forma bem candente e bela, em meio à trama que passa o personagem principal em sua perda irreparável conceitos como: perdão, culpa, esperança, libertação emocional e outros parecem sair de suas linhas de uma forma bem incômoda e certeira. Confesso: é de atingir o coração!

Quem nunca desejou encontrar-se em uma cabana para encontrar seus fantasmas mais torturantes e em meio a isso tudo encontrar a essência da paternidade divina, a amorosidade do Espírito Santo e a cumplicidade de Jesus Cristo? Tudo isso nos é passado no livro com uma linguagem que só peca quando inclui demais o alcance da redenção divina abraçando religiões não cristãs, o que é um erro!

"A cabana" é um murro na "boca do estomâgo" de quem pensa que seu passado é justificativa para sair por ai tratando mal outros semelhantes a Deus que deveriam merecer todo o respeito e consideração humana! Na realidade esse livro vem demonstrar aquilo que tenho dito porque acredito de todo o meu coração: arrogância é bobagem, orgulho é cretinice, todos nós vamos para o mesmo lugar no cemitério e a morte não escolhe bem ou mal preparados para a vida!

Ontem eu me vi pensando na realidade do céu e convidando o Deus Triúno a partilhar de minha humanidade, depois pontuei algumas perguntas que quero tornar público nesse texto, intitulei a elas de "questões que não querem se calar", vamos a elas, abri-lhes o meu coração:

* Por que eu não capturo o coração de alguns homens da igreja?

* Por que eu me tornei tão "sem graça" no desfrute dos relacionamentos?

* Por que vez por outra me vejo com sentimentos bem próximos a algo que poderia chamar de ciúme?

* Por que eu não perdoei ainda de coração algumas pessoas que me fizeram tão mal?

* O que falta para Deus cumprir na minha vida a promessa de me confiar "grandes responsabilidades"?

* Onde Deus quer me levar em minha devocionalidade e intimidade com Ele?

* Nossa igreja alcançará vôos mais altos comigo? Será eu, Senhor o homem para pastorear esse povo por outros 15 anos?

* Tenho direito de fazer o que eu faço em tom de despedida?

* Preciso me preparar melhor para a minha missão. Estudar o que e aonde?

* Como ser melhor pai, esposo, amigo, pastor, professor, pessoa?

* Por que o tema "morte" tem me atraido ultimamente?

* O que fazer se, de fato, no processo de conhecimento/enamoramento houver convite de outra igreja para pastorear? O que deverá pesar na decisão independente de ser "sim" ou "não" (no prisma humano)?

* Do que eu tenho mais medo: assumir o controle ou perder o controle de vez da minha vida?

Isso tudo me fez parar ontem à noite e eu confesso que ainda me parará. Não tenho respostas e nem vou atrás delas não... vou seguir em frente, o Senhor está comigo, e ele já garantiu que estaria me concedendo graça. Sigo em fé! Fé cega e dependente!