quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O QUE FICA DE APRENDIZADO, MARINA?

"Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer". (Provérbios 21.1)

Quando abri o jornal no domingo na manhã de domingo e li que apontava uma ultrapassagem de Aécio Neves sobre Marina já antevi que o medo venceu a esperança (para usar uma frase cunhada pelo marketing petista em uma das eleições passadas). Fiquei pesaroso, fui às urnas e não quis mais assistir nada pela TV até a noite.

Ao fim do culto um casal de jovens me procura e no olhar entristecido deles uma pergunta: "e agora, votar em quem?". Penso que essa é a grande questão dos brasileiros conscientes de que uma mudança era necessária. O que vemos no resultado final das urnas é um povo que não sabe o que quer. Em junho de 2013 o ocupa as ruas das grandes capitais pedindo por renovação e nas urnas em outubro de 2014 vota pela manutenção de uma dicotomia política que  ultrapassa duas décadas.

Mas, a minha proposta é dialogar com os meus companheiros eleitores de Marina numa reflexão que acredito que ela e seu grupo devem estar fazendo. A mais séria delas é se de fato esse sonho é possível. As forças conservadoras da política brasileira matam ainda no ninho as novas lideranças. O que o exercito petista fez com a Marina nessas eleições nunca foi visto na história democrática brasileira! Foram mentiras que jamais puderam ser negadas, pois a resposta da Marina vinha com atraso devido ao seu pouco tempo de TV e também pelo seu estilo comedido. Confesso que tenho minhas dúvidas se o povo brasileiro merece ter uma governante com a fibra de vida de Marina!

A posição dos evangélicos não me assusta, pois conheço um pouco da visão dos lideres de conceituadas denominações e sei que, em época de eleições eles sempre vão para o lado que tem chances reais de vitória, pois não costumam arriscar seus contatos. Nem em sua própria igreja Marina teve apoio, isso porque ela não é bitolada o suficiente. Que bom, pois se ela recebesse algum tipo de identificação com a ala conservadora das "Assembleias de Deus", isso a engessaria a repetir à exaustão seus princípios políticos próximos à direita conservadora e não ao progressismo da esquerda. 

Vejo que Marina errou em não ler detidamente seu programa de governo antes de vir à público com uma clara política favorável ao movimento gay. Depois ela recuou, mas ai cristalizou uma imagem de fraqueza e falta de convicções. Ela errou também ao não manter palanques abertos sobretudo em Rio, São Paulo e Minas, com isso ela perdeu valiosos votos nessas que são as principais vitrines nacionais. E, por fim, ela errou em não se preparar (ou ter isso como uma fraqueza de personalidade) de, nos debates para uma postura mais ativa em relação às criticas da "Gestapo" petista, pois ela ficou como "vítima" e isso alimentou o desejo sanguinolento do PT.

Por fim, PT ganhou a batalha, mas ainda não venceu a guerra. Não sei se o povo brasileiro terá coragem de tirar esses tiranos do poder, mas de todo o modo, creio que Marina caiu de pé. E cá prá nós, orei por isso, ao dizer ao Senhor: "Se for para ela se desviar, não permita que ela vá ao segundo turno". Deus atendeu!