quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

NATAL SEM EXTRAVAGÂNCIA!

"e ela teve seu filho primogênito; envolveu-o em panos e o colocou em uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria". (Lucas 2.7)

Quem em sã consciência poderia inventar o nascimento de um filho de Deus em condições tão simplistas! A quem interessaria o nascimento de um Deus-menino? Por que o filho de Deus teria de vir de uma camponesa? O que tinha Belém de resplendor em sua simplicidade para recepcionar o nascimento do Salvador do mundo?

Enfim, são perguntas que nos fazem constantemente nesse tempo de Natal. Já tenho lidado há algum tempo com os inimigos do Natal, pessoas de confissões teológicas equidistantes que vão de puritanos a neo pentecostais, e todos com o mesmo argumento: o Natal transformou-se em um negócio idólatra.

Concordo. Mas, porque não nos atermos então nas singelas imagens do primeiro Natal? Repare no texto que destaquei acima: um filho envolto em pano, em uma manjedoura. Não é tocante? Quando Isaías destacou em seu texto clássico (9.6): "um filho se nos deu", o que ele pretendia comunicar?

Tenho para mim que o "se nos deu" reforça a ideia de que a vinda de Jesus ao mundo foi um presente divino para a humanidade. Minha reflexão na parte final do cântico de Zacarias que compartilharei com a igreja domingo reforça esse meu entendimento:

Lucas 1:78-79
78 - Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou;
79 - Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.

Isso porque o verbo "visitou" que destaco no verso 78 tem a ver com: "tomar em consideração a fim de ajudar ou beneficiar". Logo a vinda de Jesus ao mundo não foi algo arbitrária, mas sim com um propósito em foco, a saber, considerar uma ajuda beneficial! Jesus veio em condições simples justamente para se identificar com a nossa rotina de vida.

Por isso que admito algo que repito todos os anos: o Natal não combina com exibicionismos, festas badaladas e comilanças nababescas! Tudo deveria ser o mais simples possível! Pode e deve se ter comida, mas na medida do tamanho da família. As sobras deverão ser aproveitadas e jamais desperdiçadas. E o melhor, a solidariedade precisa estar em alta, na alma e no coração!

Talvez uma das bençãos desse tempo de crise financeira (situação mundial que afeta o Brasil) e política (graças ao estelionato eleitoral do PT) é que muita gente anda "pisando no freio" em seus gastos e extravagâncias. Que bom.

Desejo aos meus poucos, mas fiéis leitores um Natal com simplicidade, e que Jesus o que teria todos os motivos para se orgulhar de sua origem divina e não o fez por graça e humildade esteja sobre a sua vida e família, sempre.  

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

IMPEACHMENT NÃO É GOLPE!

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que transformam trevas em luz, e luz em trevas, e o amargo em doce, e o doce em amargo!". (Isaías 5.20)

Está sendo disseminado pelas hordas petistas que o processo de impeachment da presidente Dilma é um "golpe parlamentar". Logo o PT falando isso! Veja comigo, não existe na história da república brasileira um partido que mais acionou esse recurso jurídico de "impedimento" de quem ocupa o cargo de presidente da República do que justamente, o PT! Eles tentaram estabelecer no parlamento brasileiro o impeachment de ao menos três dos cinco presidentes depois do processo de redemocratização (todos, exceto Lula e agora Dilma): a saber houve pedidos apoiados por deputados e senadores petistas de Collor, Itamar e FHC. Logo, de impeachment o PT entente!

Se isso não fosse o bastante a atual peça jurídica para o pedido de impeachment de Dilma foi formulado por Helio Bicudo (fundador histórico do PT)! Golpe é atentado contra a Constituição, mas ela mesmo prescreve o impeachment:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO IV - Da Organização dos Poderes (Redação da EC 80/2014)
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO
Seção III - Da Responsabilidade do Presidente da República
 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
 
I - a existência da União;
 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
 
IV - a segurança interna do País;
 
V - a probidade na administração;
 
VI - a lei orçamentária;
 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

O processo contra a Dilma está ali justamente no descumprimento de uma estrita regra na "lei orçamentária" que constitui na proibição de liberação de recursos públicos sem a aprovação do Congresso. E foi feito isso em anos anteriores, e neste ano também, o que caracteriza um "crime de responsabilidade", logo passível de "impeachament". Não é golpe, é cumprimento constitucional.

O petismo está agonizando e morrerá lentamente!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O PT REVELA SUAS TÁTICAS!

"Na história recente da nossa pátria, houve um momento que a maioria de nós, brasileiros, acreditou que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 (o mensalão) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça". (Carmem Lúcia, ministra do STF)

Tomo essas palavras como proféticas, no sentido mais radical da palavra. O que percebemos em nosso país é o ultraje de um grupo político que não tem um programa de governo, mas um projeto de poder. Todos os tentáculos de poder nas nossas instituições estão contaminadas pelo "petismo" ou "lulismo", como preferirem. Mas tudo isso eu já tinha dito aqui mesmo nesse espaço virtual que seria uma condenação à uma nação que se curvou às propostas mentirosas de campanha e a um processo de desconstrução de biografias, como no caso da ex senadora Marina Silva.

Eu estava no Peru liderando uma equipe missionária quando o veredicto das urnas foi anunciado: me vi em um lamento silencioso e já previa que seriam anos de ingovernabilidade pela imperícia da presidente e por saber que em seu torno ela não teria homens públicos interessados no bem da República, mas apenas em seus próprios interesses.

A Bíblia é taxativa ao dizer o que acontece quando os maus governam:

Provérbios 29:2
2 - Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.

Temos de "apertar os cintos" para recebermos 2016, pois será um ano de gemidos! Não quero ser tão pessimista como Dante Aliguiere, que em sua obra clássica "Divina Comédia" colocou a seguinte frase na porta do inferno: "Deixai a esperança aqui fora, vós que entrais", mas creio que não dá para termos arroubos de otimismos neste tempo cinzento da politica brasileira, o que acaba influenciando diretamente os rumos de nossa já combalida economia.

O PT fez o seu projeto até aqui, enriqueceu seus dirigentes, subornou (e tentou) seus colaboradores altamente premiados, e mantém sua militância empolgada com motes vazios e ameaças sérias de enfrentamento nas ruas, ao estilo bolivariano que tanto encanta os caudilhos esquerdistas. Eles surfarão as ondas das propinas e vantagens econômicas, agora o resto do povo padecerá. E tudo isso porque como povo brasileiro demos a esse grupo político autonomia para governar nossas desgastadas vidas.

É de doer, mas a Bíblia mais uma vez fala desse absurdo que vivemos nesse momento em nosso país:

Eclesiastes 8:14
14 - Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: que há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Digo que também isto é vaidade.

Mas, ao menos temos uma convicção: Deus não os deixará impunes! Estamos vivendo o maior assalto da história do nosso Brasil, e todos nós estamos como que paralisados diante desse estado de coisas, mas "há um olho que tudo vê", como dizemos popularmente. E cremos que mais cedo ou mais tarde uma cena bíblica acontecerá no Palácio do Planalto, se não com esse enredo, certamente com o mesmo peso espiritual, e eu me refiro a essa passagem:

Daniel 5:1-5
1 - O REI Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus senhores, e bebeu vinho na presença dos mil.
2 - Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas.
3 - Então trouxeram os vasos de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas.
4 - Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.
5 - Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.

Posso terminar dizendo um suspiro: seus dias, PT, estão contados!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

MISSÕES: MINHA PAIXÃO! SUA PAIXÃO! NOSSA PAIXÃO!

Estou retomando meu espaço aqui no blog para falar de minha paixão: a causa missionária. Tenho dado suporte a pastores e líderes em vários projetos missionários desde 2010, no Haiti, Peru e agora no sertão da Paraíba: Junco do Seridó. E é daqui do sertão que me proponho a refletir em cima de um texto que escrevi há algum tempo, e foi publicado na revista de promoção missionária de minha denominação, e que disponibilizo ao público que pretendo que retorne a visitar esse modesto espaço cibernético.

Há um equivoco na base de um pensamento corrente em nosso meio de que missões é uma responsabilidade denominacional pura e simplesmente. Enviam-se recursos financeiros e pronto, termina a competência da igreja e começa a de uma junta mantida por uma estrutura que reúne condições de coordenar as atividades do campo missionário. Grande engano! A igreja é a força motriz no movimento missionário. Foi a igreja que, em Atos 13 enviou a Barnabé e Saulo para a primeira viagem missionária. O verso 2 diz claramente: “Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” A igreja precisou ter a sensibilidade de separar aqueles que o Senhor havia chamado.

É a mesma ideia que Jesus nos apresenta em Mateus 9.38: “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. O texto não nos incita a apelarmos por trabalhadores e sim para rogar ao Senhor que mande trabalhadores! A igreja apenas reconhece os que são enviados pelo Senhor! Por conta disso creio que o maior problema da obra são os obreiros, conforme sugeriu D. L. Moody. Mas a essência do problema não é a ausência de obreiros, mas sim a insensibilidade da igreja em enviar esses ao campo! Nossas igrejas estão com verdadeiros exércitos adormecidos em seus bancos, que se reúnem semanalmente para bebericar verdades espirituais, participando de cultos como quem vai a um restaurante “self service”, mas que jamais desenvolveram seus dons e talentos por falta de uma visão que poderia chamar de “enviadora” da igreja!

Uma igreja com visão “enviadora” procura identificar em seu rol de membros vocacionados de ambos os sexos que podem passar um tempo de suas férias no campo missionário, servindo com seus dons de pedreiro, pintor, eletricista, carpinteiro, professor, enfim, sendo a encarnação da missão e não apenas mantenedor financeiro. Tenho dito que a forma mais pobre de se fazer missões é enviando dinheiro apenas. Digo isso porque não considero uma entrega completa o fato de se separar uma quantia financeira para que outros estejam indo, isso soa mais como uma atitude formal de quem não deseja se envolver muito com o cerne da missão que é justamente a proximidade com a realidade que o missionário vive.

Em minhas viagens missionárias, procuro me inteirar na dinâmica do trabalho missionário, seu peso emocional, suas lutas espirituais, seus dramas familiares, suas decepções por poucos resultados, enfim o lado gente da missão. A igreja que comissiona seus pastores e líderes para observar o campo missionário (no Brasil, mas sobretudo fora do país) poderá ter como retorno um líder engajado em missões não no que ele ouviu, mas do que ele viu e participou! Isso sim é entrega total!

Proponho uma participação intensa do pastor na visão missionária da igreja porque a obra do Senhor tem pressa! Estamos com o relógio escatológico seguindo seu ritmo divinamente cronometrado. Vou me ater ao que disse Ronaldo Lidório em um de seus artigos : “Jesus deseja ser conhecido e, apesar de sermos mais de 20 milhões de evangélicos neste grande país, termos riquezas, sabedoria, força e louvor, Ele continua desconhecido em diversos lugares”.


Devemos entregar nossa vida para o cumprimento dessa missão: tornar Cristo conhecido entre as nações. Viver desse modo é o que nos importa como crentes desse país, chamado "Brasil". 

Creio nisso!

terça-feira, 19 de maio de 2015

ENCARANDO GIGANTES NA FAMILIA

“Por maior que seja o gigante, Deus é sempre maior. Por mais poderoso que ele seja, Deus é Todo Poderoso” Charles Swindoll

Gostei de pensar junto com uma das nossas devocionais em família nessa semana com base em I Samuel 16.20 que, quando Davi se levantou de madrugada para cumprir a ordem de seu pai de levar alguns mantimentos aos seus irmãos e obter notícias deles nem em sonho imaginava que ele acabaria tendo um gigante para enfrentar.

Sei que ainda não foi esgotado as múltiplas lições sobre o enfrentamento de gigantes em nossa vida com base nesse episódio bíblico, até um filme teve esse tema, por sinal de modo bem retratado, o “desafiando gigantes”, uma iniciativa da igreja Sherwood Baptist Church, em Albany (EUA) que é considerado o maior sucesso do cinema cristão dos últimos anos.

Mas na frase acima de Swindoll vemos um estimulo para os desafios que as nossas famílias vêm enfrentando nesses últimos dias. “Por maior que seja o gigante, Deus é sempre maior”. Temos visto pais e mães com olhos inchados de tanto chorar por seus filhos.

1)      Temos o gigante da negligência espiritual.  Filhos que sobretudo quando chegam na adolescência, mesmo membros da igreja demonstram uma indiferença em relação aos assuntos espirituais.

2)      Temos o gigante dos prazeres instantâneos. As drogas, o sexo fácil e as diversões noturnas são o grande desejo de muitos dos nossos filhos. Infelizmente, por não temerem a Deus como deveriam eles encontram-se aprisionados na teia da licenciosidade.

3)      Temos o gigante do consumismo desenfreado. Eles querem ter e nunca estão satisfeitos com o que tem. Sempre querem mais, são verdadeiros “sanguessugas”.

Mas Deus é maior! Quero desafiar os pais para virem em nossas “quintas 10”. Trata-se de um encontro de clamor e oração onde mencionamos os nomes de nossos filhos diante do Senhor em um tempo precioso de derramamento de nossas questões diante do Senhor.

Seja como Ana (I Samuel 1.15), ore ao Senhor, sem o receio de ser rotulada como bêbada! Ore, não desista de seu filho!


quarta-feira, 13 de maio de 2015

A HORA E A VEZ DA FAMILIA

“Davi talvez tenha sido identificado como um homem segundo o coração de Deus porque sempre esteve disposto a compartilhar o próprio coração com Deus”

É muito comum as famílias viverem em suas fortalezas intransponíveis. Fica muito difícil entrar no coração das pessoas que se encastelam, escondendo seus conflitos e impedindo até o próprio Deus de agir em prol da cura e da restauração. Mas, todo tratamento exige uma abertura! Nada muda se você não mudar!

Davi era um homem aberto para as coisas de Deus! Com a mesma intensidade que ele pecava ele se arrependia e se rendia diante do Senhor! Seu coração estava disposto para Deus. E o seu?

Algumas vezes lidamos com dramas familiares em nosso gabinete que poderiam ser tratados de maneira mais suave se eles tivessem sido compartilhados desde o início. Na realidade as pessoas se trancam, preferem o isolamento, deixam de comungar com os santos nos cultos e programas da igreja, se refugiam no “mundo virtual” e deixam de ser confrontadas biblicamente.

A palavra de Deus nos fala do poder da confissão em Tiago 5.16: “Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação”.

O próprio Davi disse em um dos seus salmos: “Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo um bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado”. (32.3-5)

Enquanto não houver confissão não haverá cura! Esse é principio. Por isso que, de prático quero sugerir que você não falte a nenhum dos cultos dessa campanha da família (domingos e quintas) e faça todos os dias a leitura do nosso devocional. E, participe de nossos encontros de oração nas quintas (a partir das 22 horas). Bem como, em havendo necessidade de compartilhar algo, marque com a secretaria um encontro comigo ou com os outros pastores (Leo e Macário).


Estamos aqui para lhe ajudar.

terça-feira, 7 de abril de 2015

PARA QUE VOCÊ É CHAMADO?

“Por causa da graça que Deus me deu, de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com o dever sacerdotal de proclamar o evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo”. (Romanos 15.15b,16).

O texto acima é claro: “proclamar o evangelho de Deus”, e isso com o “dever sacerdotal”. Os sacerdotes no tempo bíblico representavam os homens diante de Deus. Em Israel, eles eram da linhagem de Levi, e não possuíam terra, pois “a terra deles era o Senhor”. Eram homens sustentados pelo povo justamente para se dedicarem exclusivamente às orações e pregações no tabernáculo e mais tarde, no templo em Jerusalém.

Por conta do sacerdotalismo na Igreja Católica, durante milhares de anos foi nos passado a tradição de que apenas os que são ordenados como parte do clero tinham responsabilidades na transmissão do evangelho. A igreja viveu durante anos em um cativeiro onde havia um domínio tirânico do clero sobre o laicato (isto é, dos “homens da igreja” em relação aos “homens do povo”).

A reforma protestante (sec. XVI) condenou essa relação perversa, propondo aquilo que tem sido chamado de “sacerdócio universal de todos os crentes”. Em artigo de Antonio José do Nascimento Filho, ele assevera que "no ensino dos reformadores, uma importante verdade da doutrina do sacerdócio de todos os crentes foi a afirmação do dever que todos os cristãos têm, pelo fato de pertencerem ao sacerdócio da fé, de servirem uns aos outros."  

Logo, Paulo propôs no texto que ele tinha o “dever sacerdotal” de proclamar o evangelho, logo isso não seria feito por uma “opção preferencial”, mas sim por um “chamado irresistível”. O crente não pode escolher entre compartilhar do evangelho ou não, ele tem essa obrigação. Isso mesmo! Por isso que o próprio Paulo vai ter de dizer aos crentes de Corinto: “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho”, I Coríntios 9.16.


Você não tem outra escolha! Você tem um chamado! Cumpre bem o seu dever sacerdotal!

O CHAMADO DE DEUS É ESPIRITUAL!

“Por causa da graça que Deus me deu, de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com o dever sacerdotal de proclamar o evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo”. (Romanos 15.15b,16).

Relendo esse verso que tem sido repetido em nossos cultos dominicais, fico me perguntando: “o que vem a ser esse ministro de Cristo Jesus”?

No original grego, a palavra para “ministro” aqui é “leitourgos”, que tem a ver com alguém que ocupa um serviço considerado santo, da raiz dessa palavra que vem outra já mais aportuguesada, a “liturgia”. Logo, o ministro que Paulo refere-se aqui é alguém que compreende o seu chamado como algo dedicado exclusivamente a Deus. Em outras palavras, um chamado espiritual.

Precisamos parar com o entendimento tacanho de que existe “vida espiritual” e “vida material”, pois não existem essas duas dimensões distintas. Só existe uma vida. E ela é espiritual! A vida material é um breve período de tempo que nos encontramos desfrutando dessa realidade natural com uma missão em mente e no coração: “andarmos como é digno de nosso chamado”, segundo Efésios 4.1.

Logo, somos seres espirituais habitando em dimensões naturais, mas com uma missão altamente espiritual. Somos filhos de Deus, nascidos do alto, e chamados para sermos relevantes no mundo, só que nas condições de I Pedro 2.9: “mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.”

Não existe nada mais espiritual na vida do que o seu chamado: “proclamar o evangelho de Deus”, e você pode fazer isso apoiando o trabalho de nossa “Junta de Missões Mundiais” da “Convenção Batista Brasileira”. Nosso alvo financeiro é de R$ 13000,00 que levantaremos até o dia 19/04. E você pode e deve participar também, realizando viagens missionárias durante o ano, basta enviar um email para voluntarios@jmm.org.br.

Enfim, como o chamado é espiritual, é para os espirituais: eu e você!


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

PT E O INFERNO ASTRAL BRASILEIRO

"Quero paz e democracia. Mas eles (os críticos do governo e do PT) não querem. E nós sabemos brigar também, sobretudo quando o Stédile (coordenador do MST) colocar o exército dele na rua". (Lula, ontem em ato de defesa da Petrobras).

O PT não está satisfeito em ter destroçado as bases da nossa democracia nessa "década perdida", agora eles estão insuflando a população contra a investigação ampla das denúncias dos desmandos administrativos do seu governo. Essa declaração de guerra acima é um acinte ao bom senso e aos valores republicanos. 

Mas eu pergunto: alguém contestará o tresloucado ex presidente? Ninguém, pois a máquina do governo e sua "elite não pensante" tratará de nos fazer esquecer esse disparate, bem como vez em outras oportunidades. A presidente não se comunica com o povo, mas tem seu staff lenista pessoas treinadas para ludibriar consciências empobrecidas. 

Estamos assistindo a uma derrocada de valores cidadãos nunca vistos em nossa história: são escândalos que envolvem um esquema multimillionário de cooperação entre empreiteiras e partidos políticos, além de toda uma propaganda mentirosa para fazer-nos imaginar que a crise que passamos é apenas efeito de uma "esgorregadinha". Estamos reféns de um governo paralisado e que ameaça implantar um regime bolivariano, só que à moda brasileira.

Eu disse quando da vitória da presidente Dilma, que o Brasil estava perto de receber o juízo de Deus. Ele só está começando.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

CARNAVAL NÃO É PARA CRENTES!

“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual”. (I Tessalonicenses 4.3).

O carnaval é uma festa pagã que remonta a antiguidade. Registros nos dão conta de sua realização entre os gregos, no ano 520 aC, com o propósito de homenagear divindades celebrar a chegada da primavera, e tudo regado a muito vinho e libertinagem.

No Brasil, a tradição chegou com os portugueses no século XIII que promoviam a festa do “entrudo”, que era uma celebração de rua em que as pessoas jogavam farinha, ovos e tintas umas nas outras. Essa comemoração acabava descambando para a violência explícita todas as vezes por conta dessas e outras provocações, o que afugentava a burguesia de participar da festa. Logo, a elite acabou promovendo bailes com inspirações francesas em recintos fechados, com músicas compostas por autores brasileiras.

Já no século XIX começou a promoção desses bailes carnavalescos, com o uso de máscaras e animados com “marchinhas”. No século XX as principais escolas de samba tornaram-se populares principalmente no Rio e em São Paulo, enquanto que, no Nordeste o formato de festas nas ruas era bem mais frequente.

Esse apanhado histórico serve para refletirmos um pouco de que, um contexto de festa de rua com requintes de paganismo, exibicionismo, chacotas públicas e provocações violentas de fundo sexual acabou se tornando uma tradição brasileira que, segundo o antropólogo Roberto da Matta reflete a própria essência do que vem a ser “brasileiro”, em seu livro “carnavais, malandros e heróis”.

De todo o modo, em uma abordagem bíblica, estou certo de que o Carnaval é uma festa para lá de “mundana”. O próprio nome já remonta a ser uma festa onde a carne é endeusada, e incrível que, com o advento do sincretismo religioso ela foi colocada justamente antecedendo ao período da “quaresma” para livrar os fiéis da impureza no período da Páscoa. Enfim, uma vergonha em nossa formação histórico-religiosa!

Não nos cabe participar dessa festa, por isso promovemos nosso Retiro Espiritual todos os anos, para que, isolados desse ambiente pernicioso aproveitemos esse tempo para ouvirmos a voz de Deus e fortaleçamos o espírito e não à carne. E, para aqueles que ficaram, por tantos outros motivos, vigiem e aproveitem esse tempo para uma dedicação maior à família e a vida devocional (oração e leitura da Bíblia).


Ok?

PS. Ontem, soube que a "Beija Flor de Nilópolis" ganhou o desfile das Escolas de Samba no Rio de Janeiro. Foi divulgado que o enredo da Escola foi patrocinado (por 10 milhões de reais) por uma das mais cruéis ditaduras do mundo: Teodoro Obiang está no poder há 35 anos na miserável Guiné Equatorial. Diga-se de passagem que rotulei de "miserável", embora o país seja o terceiro maior produtor de petróleo da Africa, mas que ao mesmo tempo amarga índices deploráveis de mortalidade infantil, investimentos em Educação e IDH (índice de desenvolvimento humano). Parentes do ditador são silenciados ou mortos, opositores são presos, torturados, expulsos ou mortos e o governo controla a mídia e amealha as riquezas do país. O ditador inclusive figurou na revista Forbes como um dos  homens mais ricos do mundo. Nada poderia ser pior! O Carnaval além de ser uma festa cada vez mais mercantilista, agora tem a sua face politicamente marcada: a favor de ditaduras cruéis desde que, haja dinheiro em vista! 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TEMOS DE ORAR POR NOSSA PREFEITA!

“Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade.” (I Timóteo 2.1,2).

Nossa cidade vive em uma crise política e administrativa sem precedentes! Compreendo em parte a indignação de setores da nossa sociedade, mas não posso compactuar com aquilo que vejo ser uma manipulação de alguns políticos em relação à proposta de impeachment da prefeita e do vice prefeito.

Entendo que, quando votamos em nossos vereadores o fazemos na intenção de que eles nos representem, e possam propor leis que beneficiem o conjunto da população e que, de alguma forma, fiscalizem o Executivo na aprovação ou não de suas contas e projetos governamentais. Mas o que vemos é que há políticos motivados por ambições pessoais que estão insuflando a população a assinatura de um abaixo assinado que não se justifica, a não ser se houver uma real averiguação de dolo administrativo da prefeita, o que é tarefa repito, não da população, mas de nossos vereadores.

Por isso que, quando vejo pessoas com suas pranchetas constrangendo transeuntes a assinaram essa petição, sinto-me envergonhado! Pois isso não é exercício de cidadania, mas manipulação de massas. Entendo que nós, os crentes não deveríamos nos envolver nessa tramoia política!

O texto acima é muito claro no meu entendimento: temos de orar pelos nossos governantes (bons ou maus) para que tenhamos “uma vida tranquila e sossegada”. O modo como lidamos com o nosso respeito em relação às autoridades justificará nossa vida em qualidade na sociedade e na nossa individualidade também.

Mas devo deixar claro aqui que não estou abonando possíveis delitos administrativos da Prefeita. Não sou defensor de homem ou mulher alguma. E tenho sim, profundas e irreversíveis diferenças com o partido que a Prefeita representa. Agora, entendo que esse processo de impeachment, se tiver de ser aberto, deve ser por conta e risco dos nossos vereadores e não de pessoas que, constrangidamente mal informadas decidem com base em manipulações claramente eleitoreiras.

É o que eu penso.


Oremos por nossa Prefeita e vice Prefeito!