quarta-feira, 14 de março de 2012

O TEMPO É AGORA!

"Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar". (João 9.4)

Estive envolvido, junto com um dos meus auxiliares nesse inicio de semana em um Acampamento para pastores batistas do sul do nosso Estado (RJ) na aprazível Piraí, e lá travamos relacionamentos com missionários do Haiti, Camarões, Itália, e informações dos mais variados campos da Africa, Asia e Europa. O verso acima foi usado numa espécie de provocação (gosto dessa palavra, principalmente se ela for entendida como "pro-voc-ação", que, no meu entendimento é "algo que provoca a ação") numa das mensagens do pr. Adilson Santos (missionário mobilizador de nossa Junta de Missões Mundiais).

A que horas o nosso Brasil está no atual momento missionário? Para o pr. Adilson estamos por volta das dez horas da manhã, hora onde o sol já está à pico, todos estão acordados e os desafios são mensurados e a ação encontra-se encaminhada! Gostei da metáfora, parece-me que ela faz juz à proposta do texto que é apresentar Jesus como aquele que estava cumprindo sua missão no tempo oportuno ("dia"), pois a sua hora de finalização ("noite") com sua morte estava se aproximando.

Mas, eu paro a fim de pensar que "a noite sempre vem", e com ela vem o sono da morte, e tremo de imaginar que a nossa missão não irá vir à cabo final justamente por conta de nossa negligência no cumprimento de nossas tarefas mais elementares como igreja do Senhor Jesus: ir, fazer discipulos, batizar e ensinar o que Jesus nos ordenou, de acordo com Mateus 28.19,20. O relógio está em pleno funcionando, o tempo não costuma ser generoso para os procrastinadores, aqueles que estão sempre atrasados e vivem adiando suas tarefas para algum outro dia! Não teremos outro dia! Só temos essa vida para entregarmos ao Senhor! O tempo é agora!

Em minha primeira mensagem deste ano, compartilhei a seguinte história com a nossa igreja aqui em Angra: Um rei deu ao seu palhaço o batão de marechal e lhe disse: "Eu o nomeio marechal dos tolos. Se você encontrar alguém mais tolo que você, entregue-o a ele". Os anos se passaram. O rei estava em seu leito de morte. O palhaço lhe perguntou: "Você sabe para onde vai?" "Não", respondeu o rei. "Só sei que vou morrer." "Então, há uma 'certeza' também para os reis. Você entesourou alguma riqueza para si mesmo no mundo além para onde vai?". "Nunca pensei sobre isso". "Você sabia que teria de morrer e, apesar disso, não fez nenhuma escolha definida? Você não se preparou para o céu? Você não evitou o inferno?" "Nunca parei para pensar profundamente sobre essas coisas". O palhaço pegou o bastão da manga onde o trazia escondido e devolveu-o ao rei. "Então, eu agora o nomeio o marechal dos tolos".

Dai então acerca desse tempo que é urgente, na proclamação do evangelho do Senhor entre as nações, fico a pensar que é tempo de UMA POSTURA VIGILANTE! Não dá para ficarmos esperando o tempo passar, e em nossas discussões inúteis de preciosismos denominacionais, nos esquecendo de que o pecador para ser alcançado ele precisa de ouvir a Palavra do Deus Eterno ("chamada geral") e o o toque sobrenatural do Espírito Santo ("chamada eficaz"). Logo o que fará diferença é a disponibilidade urgente que a igreja precisa ter em enviar missionários e recursos para serem o seu braço lá fora! Não se trata de uma "privatização da obra", pois não estamos enviando substitutos, estamos enviando pessoas preciosas do nosso meio!

Chega de terceirizarmos a obra missionária! A igreja não pode, pura e simplesmente mandar seus recursos financeiros a uma "Junta" (qualquer que seja!) e assentar-se em seus bancos esplêndidos, pensando que a sua missão encerra-se no pagamento do boleto bancário. Não! Mil vezes não! A igreja apenas está começando o seu compromisso, pois junto com o pagamento tem de se ter o envolvimento! E envolvimento tem a ver com: conferências missionárias, visitas anuais ao campo missionário, destaques nos cultos para informes missionários, momentos de clamor pela vida dos missionários e família, enfim.... tem de have algo mais! Se não, vamos ficar insistindo em dizer teoricamente que o Brasil é uma força missionária, quando na verdade, somos um "gigante adormecido".´

É o que eu penso, por hora, pois depois compartilho algo mais!