sexta-feira, 12 de agosto de 2011

VENCENDO O PRECONCEITO! VIVA O HAITI!

Gosto de pensar em Jesus como um “quebrador de tradições humanas”. Esse é um dos títulos que mais me emociona ao pensar sobre o Jesus a quem eu sirvo. Empolgo-me em refletir em um Jesus que simplesmente vê as coisas por um “outro ângulo” e com isso, recebe quem não é recebido por ninguém e afasta aquele que é tolerado por todos. Um Jesus que, com suas armas pacíficas é capaz de enfrentar o mais furioso dos preconceituosos.

O preconceito é uma das doenças mais perversas de nossos dias. Não estava errado Albert Einstein quando sussurrou: “que triste é o nosso mundo; em que é mais fácil dividir um átomo do que destruir um preconceito!”. Mas, em matéria de demolir preconceitos, Jesus, estava à frente de seu tempo. E foi assim, num texto que meditei na semana passada para uma mensagem em minha congregação: Mateus 9.20-22 na história da mulher que padecia de uma hemorragia crônica e ousou tocar em Jesus.

Michael Harper em seu livro “As curas milagrosas de Jesus” faz um comentário interessante sobre essa passagem: “Esta estória é confortadora para os que sentem que ninguém tem tempo para eles, menos ainda Deus. É também desafiadora para os que são demasiadamente ocupados e cujas vidas são por demais programadas. Jesus sempre parecia encontrar tempo para lidar com a necessidade humana genuína e assim devíamos nos fazer”.

O fato é que Jesus estava tremendamente ocupado com a solicitação de um oficial judeu que estava com a sua filha à beira da morte. E no caminho para a casa do homem importante na sinagoga (lugar de cultos dos judeus no tempo bíblico), Jesus é surpreendido com um toque em meio a uma multidão. Ele então solicita que tal pessoa se manifeste e nisso a história dessa mulher foi eternizada.

Ela sofria de uma menstruação crônica e com isso, segundo a lei dos judeus, ela era imunda, e tudo quanto tocasse imundo se tornava (Levítico 15.25-27). Ela vivia em desespero de vida, e já havia gastado tudo o que tinha em procura de sua cura. Olha, a grosso modo, podemos perceber pelo contexto histórico, que como naqueles tempos não haviam os absorventes modernos, que aliviam, ao menos em uma certa porcentagem, os “maus jeitos” desses dias de sangramento, aquela mulher sofria profundamente.

Certamente não era casada. Não recebia um abraço de ninguém. Ninguém lhe beijava, ela não recebia nenhum  “chamego”, um sussurro de afeto. Era seca por dentro e gotejante de sangue por fora! Triste sina, diríamos hoje... Mas, essa mulher encontrou-se com Jesus e isso mudou a sua história.

Ela foi ousada em sua fé. E logo pensou: “olha se seu simplesmente tocar na pontinha das roupas de Jesus, ficarei curada”. Pensando sobre essa ousadia cheguei a algumas conclusões:

(*)  Essa ousadia nasceu no cansaço daquela mulher em buscar a cura por seus próprios recursos.

Chegou um determinado tempo que ela se cansou e aí veio a idéia: “tocar em Jesus”. O toque em Jesus iria mudar o seu estigma, e ela cria que Jesus não era um milagreiro qualquer, era o próprio Filho de Deus.

Essa nova consciência de quem Jesus de fato foi e continua sendo, fez com que um dos homens mais poderosos da história se curvasse diante do personagem Jesus. Esse homem foi Napoleão Bonaparte, olha a declaração que tenho arquivada dele: “Com todos os meus exércitos e generais, por um quarto de século não consegui subjugar nem um único continente. E esse Jesus, sem a força das armas, vence povos e culturas por dois mil anos.”

(*)  E por último, essa ousadia foi a atitude que levou a mulher a não sair de perto de Jesus sem ter uma página de sua história virada.

“Página virada” tem a ver com mudança de tom, de ambiente e de conceito de vida. Não é a toa que Jesus ao se referir a ela, no verso 22, a chama de “filha”. Ela que não era notada por ninguém, salvo para chamá-la de imunda ou talvez de “fetida”,  agora recebe um título familiar que reforça o carinho com que Jesus trata as pessoas. Para ele, todos nós, independente de nossos sangramentos existenciais somos “filhos e filhas”.

Olha, me emociono com esse Jesus, ele de fato é único em sua amplitude de ser. Mas também ele é único na amplitude de seu amor. Ele me ama como se eu fosse o único ser criado no universo, e isso me faz especial.

Por isso que, me dirigindo a você, posso lhe garantir: ninguém nunca lhe amará mais nessa vida do que Jesus. Tenha ousadia, toque nele, e eu posso lhe garantir:  a cura que você espera virá, e com ela você adquirirá a vivência na esfera da graça amorosa de Jesus, a participação em um novo ambiente familiar e um conceito novo de um Jesus que sempre terá boas intenções a seu respeito.

PS. Vou ao Haiti na próxima semana, fico lá até o dia 31/08. Serão 15 dias de "imersão missionária", envolvendo-me com pessoas que são alvos do amor de Jesus. São os "intocáveis" de nosso tempo! Peço que me acompanhem em oração e em breve trarei novas notícias daquele país que capturou o meu coração!