sexta-feira, 4 de março de 2011

REVOLUÇÃO SILENCIOSA: ESSE É O MOMENTO!

"Há unções repetidas e há tempos quando Deus afasta a Si mesmo e te faz sentir como se você estivesse caindo nas profundezas do inferno. Ele te deixará sozinho para ver se você irá lutar pela sua unção ou se continuará na sua própria eloqüência e habilidade." (Leonard Ravenhil)


Hoje mais do nunca eu creio que o Senhor estará derramando sobre nós uma revolução silenciosa... em um tempo de grande despertamento espiritual quando seremos surpreendidos com oportunidades preciosas de serviço expansivo na Obra do Senhor em nosso país. O Senhor está à procura de homens e mulheres disponíveis e ocupados para um chamado desconcertante para um tempo de grandes possibilidades que estavam vivendo como igreja evangélica brasileira. Na realidade eu percebo alguns princípios que não podemos nos esquecer, se queremos fazer parte dessa "revolução silenciosa". E, antes uma explicação do termo "silenciosa" junto com a palavra "revolução". Eu creio que algo silenciosamente parece estar acontecendo, quando homens e mulheres simples, sem projeção denominacional ou até mesmo status de "midiático" estão em nossas igrejas colocando-se diante do Senhor para a realização de grandes coisas, em termos de avanço missionário e presença do Reino de Deus nas estruturas de nossa sociedade, a partir da mudança do coração de pecadores.


(1) Precisamos de homens e mulheres genuinamente e não apenas posicionalmente, santos.


Digo isto pois, já temos em posição a nossa santidade assegurada pela graça do nosso Senhor, agora é preciso darmos um passo além para exteriozarmos essa postura em atos concretos de testemunho junto à nossa sociedade que anda carente de referenciais de generosidade e vida com o Senhor. Lembro-me do que li de J. C. Ryle em seu clássico, "Santidade", publicado no Brasil pela "Editora Fiel": “Aquele que pretende ser santo, ao mesmo tempo em que despreza os dez mandamentos e pensa que é de menos mentir, ser hipócrita, enganar o próximo, ter explosões de mau humor, caluniar, embriagar-se e desobedecer ao sétimo mandamento está vivendo sob uma temível ilusão. Ele verá que será muito difícil provar que é “santo” naquele dia.”


Não basta carregar uma Bíblia, honrar um Hinário denominacional , ser membro de uma igreja verdadeiramente evangélica, ser fiel nos compromissos de um crente comum e ao mesmo tempo manter uma vida dúbia, sonegando imposto de renda, mentindo para se "dar bem" em determinadas situações, odiando o seu irmão que é diferente de você, desrespeitando seu cônjuge ou ainda no aplauso incontido diante da injustiça dos ricos em relação aos pobres. Santidade é ter o posicionamento do Senhor em todas as questões da vida, sobretudo aquelas em que o Senhor exige de nós uma postura aguerrida e comprometida.


(2) Precisamos de homens e mulheres que sejam íntimos do Senhor.


No texto de I Samuel 16.1-13 encontramos a convocação de Davi para uma obra que ele veria concluída apenas dezenas de anos após esse episódio. Ele teve de esperar pelo tempo do Senhor para a concretização de algo que o próprio Deus havia semeado em seu coração: ele seria rei de Israel. Davi sim, viveu aquela tensão que alguns teólogos gostam de chamar de crise entre o "já e o ainda não". Mas, o que fortalecia a Davi era a convicção de que ele havia sido escolhido pelo Senhor e não era pelos seus próprios méritos, visto que ele era o "menor" de sua casa, mas sim porque ele se agradava em se aproximar de modo calorosamente pessoal com o Senhor.


Li certa vez que Deus escolheu Davi porque, na parte mais profunda de seu ser, ele meditava, ansiava e decidia por Deus. Resumindo, ele era um homem segundo o coração de Deus. Deus escolheu Davi por causa do que havia em seu coração: seus pensamentos, seus sentimentos, suas decisões. Deus não mudou. A Bíblia diz: "Pois os olhos do Senhor passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele" (II Cr. 16:9).


03. Precisamos de homens e mulheres que sejam matriculados na "escola do quebrantamento".


No excelente livro "o perfil de três reis", Gene Edwards é muito feliz ao comentar que na santa e divina escola de submissão e quebrantamento, por que são tão poucos os alunos? É porque todos os que se encontram nessa escola têm de sofrer muita dor. (...) Davi foi aluno nesta escola, e Saul foi o instrumento escolhido por Deus para esmigalhar Davi. Á medida que a loucura do rei aumentava, crescia o conhecimento de Davi. Ele compreendia que o Deus o tinha colocado no palácio sob legítima autoridade.


Gosto de pensar nessa escola com as seguintes disciplinas: Renúncia Explicita; Teologia do Sofrimento; Perdas e Ganhos;  Desmerecimento Glorioso; Quebra do Orgulho; Perdendo dinheiro, Ganhando Esperança; Ministério Glamoroso X Ministério Horroroso; Eclesiologia da Simplicidade; Administração de Egos, dentre outras. Eu poderia citar palestras livres que também são dadas nessa escola (que eu já estou matriculado): "como perder aliados não-comprometidos", "lidando bem depois de uma traição", "aumentando o estopim na igreja", enfim... 

Paro de imaginar esse currículo e série de palestras e, voltando o meu olhar para a cruz, onde me regozijo, peço graça ao Senhor para persistir no cumprimento desse chamado pastoral e orando ao Senhor assim: "Manda gente santa, Senhor, para se aliar a todos aqueles que genuinamente desejam participar da obra que o Senhor já está operando em nosso meio. Não permita que, com o crescimento da apostasia no meio da igreja brasileira os ímpios ocupem posições de visibilidade a ponto de vermos manchado o nome da sua igreja sacrossanta. Mantenha-nos como o arminho, aquele animalzinho que prefere morrer do que ver o seu pelo salpicado de lama. Faz-nos santos, urgentemente santos. Hoje e sempre. Amém!"