quinta-feira, 16 de agosto de 2012

15 OU 13: EIS A QUESTÃO!

Vivemos atualmente nas mais variadas cidades do nosso país um clima eleitoral eletrizante. Nesse periodo, são famosos os casos onde os aspirantes tanto ao executivo quanto ao legislativo, extrapolam em suas propostas no afã de enganarem seus eleitores, com promessas totalmente dissociadas da realidade.

Fico preocupado quando vejo nas propostas de vereadores aspectos que não se esperam de legisladores do povo e para o povo, pois é muito comum vermos personagens folclóricos que querem apenas tumultuar o processo eleitoral, pois eles mesmos se vêem sem chances algumas de serem elevados ao poder. São as "tiriricas" do meio político, no sentido mais rasteiro da palavra, referindo-me às ervas daninhas, que não precisam ser plantadas, mas abundam em nossos quintais. Expõem a fragilidade de nossas instituições não haver um concurso exigente para se auferir não apenas a capacidade acadêmica, mas sobretudo de entendimento raso dos futuros vereadores! Tenho para mim que essa proposta seria muito bem vinda: avaliações criteriosas, uma espécie de "vestibular" aos candidatos políticos!

Agora, o que assombra também no contexto eleitoral é o "messianismo" com que alguns se apresentam, tipo "vou trazer de volta a alegria!", ou ainda "vou cuidar de vocês!". Nessas duas falas percebemos sutilezas que não podem ser ignoradas, e faço análise das duas indiscriminadamente, para o contexto de nossa cidade!

Ora, ser doador de uma alegria que se julga estar faltando em nossa cidade, é no mínimo pretencioso, até mesmo porque não pode ser cumprida integralmente. O que entristece uma cidade como a nossa é o fato de que sem variações, a despeito de alternâncias necessárias do poder, nossos governantes não são claros em atender interesses básicos da população, apenas se locupletam na tentativa de serem bem remunerados e favorecidos ao preço da desigualdade social. E, ainda "cuidar da cidade" não deve ser prerrogativa de ninguém em absoluto, uma vez que temos de cultivar o espírito em nossa cidade do "cuidado interdependente" que vem a ser a premissa de que o povo não pode permitir se tornar "massa de manobra" de expressões da mídia local que se dividem, e não tem qualquer compromisso com a verdade integral dos fatos, pois são tendenciosos politicamente!

A pergunta acima, no título de minha postagem, fica sem resposta. Cabe a cada eleitor ter a sensibilidade de analisar de maneira independente a relação que deve existir entre voto e consciência. Não se deve votar constrangido por conta de doações de materiais de construção, alimentos, promessas de empregos ou ainda por sorrisos e abraços voluptuosos! Vota-se não apenas com o coração, mas também com a razão!

Independente de 15 ou 13, nas eleições desse ano em Angra, uma coisa é certa: a cidade sairá do pleito dividida e faço aqui um clamor para que as nossas mãos estejam estendidas para a reconstrução moral de nosso município, e para isso, temos de retirar as "luvas da discórdia" e, trabalharmos para a unidade do povo, na crença de que, nossa cidade não é apenas bela, mas viável politicamente. A impressão que tenho é que a mídia em geral vende uma Angra dividida entre tons azuis e vermelhos, mas não aceito tal segregação, afinal quem é angrense ou mora nessa cidade sabe que, queremos sim, termos a alegria de volta e sermos cuidados, mas não por homens ou mulheres que nos representem, mas sim por nós mesmos, praticando a máxima ensinada pelo próprio Senhor Jesus, de lavarmos os pés uns dos outros, em João 13, na perspectiva de que a força de uma cidade está no caráter de seus moradores!

É por ai. O resto é resto!