“Toda vez que olhamos para cruz, Cristo parece dizer-nos: Estou aqui por causa de vocês. É o seu pecado que estou levando, a sua maldição que estou sofrendo, seu débito que estou pagando, sua morte que estou morrendo. Nada na história, ou no universo, nos torna tão conscientes de nossa pequenez como a cruz. Todos somos grandes aos nossos próprios olhos, especialmente no que diz respeito à justiça própria, até que visitamos um lugar chamado Calvário. É lá aos pés da cruz, que murchamos de volta ao nosso tamanho real”. (John Stott)
A pessoa que era vitimada na cruz "morria mil mortes", com desdobramentos indizíveis de dor, laceração, vergonha pública, exposição de mazelas, torturas impressionantemente cruéis, enfim, a cruz não era apenas um método de execução, mas uma forma de humilhação e vergonha total. Já se disse que o propósito dos romanos era envergonhar a pessoa que estava morrendo!
Jesus estava lá, no Gólgota, "kranion" em grego, significando "caveira", lugar de aniquilamento de toda e qualquer esperança humana. Trata-se do fim derradeiro de um homem que contemplou a todos os eleitos do Pai com a salvação eterna! Mas o seu drama não foi meramente humano! Mel Gibson com toda a sua parafernália hollyoodiana não conseguiu expressar sua angústia maior: a de ter levado sobre si todos os pecados de todos os homens de todos os tempos!
Martinho Lutero é bem categórico ao dizer: "são os nossos pecados que estão impostos ao pescoço dele; nós somos estes pecadores, ladrões, patifes, rebeldes e assassinos". Verdade posta: ele morreu por nós! Essa colocação precisa ser levada à cabo para moldarmos nossa vida sob valores celestiais e eternos!
Na cruz o nosso orgulho é mitigado, nosso "eu" é crucificado e o perdão do Deus Pai é franqueado aos que crêem de que "o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado", conforme encontramos em I João 1.9. Com essas colocações me aproxima daquilo que Martin Lloyd Jones disse certa feita: "só há uma coisa que me postra até ao chão e me humilha até ao pó: olhar para o Filho de Deus, e, em especial, contemplar a cruz!".
Nesses dias, olhe para a cruz, morra para o seu orgulho e aproxime-se da sua cura! Que Deus lhe abençoe muitíssimo!
Um comentário:
Quando chegamos perto da morte pensamos em Deus e nos seus motivos por nos conservar por tanto tempo quando,pelos nossos pecados, mereciamos já estar mortos. Quais são os propósitos de Deus para a minha vida?
O que mais impressiona é que existem pessoas que mesmo chegando tão perto da morte, ainda assim, não conseguem refletir sobre a vida e seus motivos existenciais.
Que eu não perca esta visão que me foi dada, a vista da cruz. Nela me vejo envolvido por graça, misericórdia e amor; nela vejo uma vida longa e cheio de sonhos a se realizarem.
Deus nos abençoe!
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