sexta-feira, 16 de abril de 2010

DEUS ME LIVRE DO ORGULHO!

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele." (I Corintios 1.27-29)

Paulo faz um apelo aos crentes de Corinto questionando-os do propósito pelo qual eles se reuniam em grupos partidários dentro da igreja, pois Deus os havia escolhido soberanamente quando eles eram desprezados, fracos e inúteis. Há uma loja na "cidade antiga" de Paraty que se chama "do lixo ao luxo", e nela encontramos artigos de artesanatos que foram retirados em locais ermos e transformados com perícia em artigos valiosos. Esse é o retrato do que Jesus fez por nós: com sua morte ele nos trouxe uma vida de valor e se o nosso passado nos condena, o nosso presente em Jesus nos jusfifica! Gosto do que David Prior disse: "Deus pegou a escória da terra e transformou-a em reis e sacerdotes em seu reino."

Perguntaram certa feita a Spurgeon porque Deus o havia salvo, ele respondeu: "porque ele não encontrou um pecador pior do que eu!". Logo, a humildade deve acompanhar quem foi alcançado pela graça salvadora de Jesus, para que de fato, "nenhum mortal se glorie na presença de Deus".

O orgulho foi a causa para o arrefecimento do "grande despertamento espiritual", vivido nos EUA no século XVIII e liderado pelo grande pregador (ou seria grande pecador?) Jonathan Edwards, e esse trocadilho que eu faço entre pregador e pecador é explicado pelo seguinte raciocionio, quando você ouve uma mensagem e sai dizendo: "que grande pregador!" isto mostra o quão vazio você permaneceu. Mas, quando você ouve a mesma mensagem sai dizendo: "que grande salvador", ai você entendeu a essência do evangelho: que é temos de fato, um grande Salvador!".

Para Jonathan Edwards o orgulho é "a pior víbora que há no coração “ e "o maior perturbador da paz da alma e da doce comunhão com Cristo”. Ele é “a mais escondida, secreta e enganosa de todas as lascívias”. Logo, há na essência do orgulho um senso de auto-glorificação, uma espécie de declaração de independência em relação a Deus, um desejo desenfreado de estar no trono do universo. Esse foi o pecado de Lúcifer. Para Watchaman Nee, "a intenção de Satanás de estabelecer seu trono acima do trono de Deus- o princípio da auto-exaltação- foi o que violou a autoridade do Senhor".

Tenho para mim, já caminhando para o final dos tempos, os pastores precisam estar em vigilância redobrada para não cairem no sério erro de se acharem representantes infalíveis de Deus! Temos de nos tornar escravos das Escrituras e não podemos abrir mão de termos encontros secretos com Deus a fim de buscarmos direção para nossos ministérios e projetos. Chega de megalomaníacos e homens que se auto-idolatram num altar de vaidades e caprichos pessoais! Repito: Que Deus me livre do orgulho de me refugiar no que sei ou no que sou! Como o apóstolo Paulo, não me faça esquecer que sou miserável!

5 comentários:

Mauro Andrade disse...

O que sempre chamei de síndrome de lúcifer (com minúsculo mesmo, pois apesar da destacada posição enquanto anjo, sempre eteve MUITO ABAIXO em poder e majestade, dAquele que foi, que é e que sempre será), o que move muitos de nós quando nos esquecemos que somos colaboradores do reino que não é nosso e começamos um processo de contaminação do corpo com os nossos achismos, equivocadas capacidades e principalmente com os parâmetros do muito natural para dentro da igreja.
Lembro-me da música do Pr Ademar de Campos (Comunidade da graça SP)que diz:
O dono da igreja não está morto. Tudo em seu controle está. Ainda que o inferno se levante, não prevalecerá. Alguns pensam que são donos do rebanho que o Senhor lhes confiou e se esquecem que foi alto o preço que Jesus por nós pagou.
Quando lemos "donos do rebanho que o Senhor nos confiou" não se trata apenas de pastores, mas compreendo que este papel abrange também líderes e có-líderes, pois ainda que indiretamente e parcialmente, são agentes ministradores, seja de bençãos ou de maldições.
Devemos a cada dia realmente sufocar a natural necessidade que temos em ser reconhecidos, estar em evidência e assumirmos a espiritual necessidade de sermos apenas servos submissos e prontos a obedecer.
Que o Senhor Jesus, aquele que mesmo como Deus assumiu a forma de servo, seja exemplo para todos nós.

Fiquem na paz...

Mauro Andrade

Douglas Soares disse...

Tenho aprendido isto...

Que nas palavras do Mauro se resume muito bem, já que como lider, co-lider e seminarista da e na IBACEN, parece-me que meus espforços ora ou outra foram feitos em momentos em que me esqueci que o dono da Igreja esta vivo, ou me desgastava pra mostrar que sua morte não fora em vão?

Digo, então...

"Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."Romanos 7.18-25

Agora então até onde o gastar e deixar ser gasto em prol da obra do evangelho é de todo orgulho? Paira em mim está duvida, já que eu, sim eu ( pode ser fala de um orgulhoso) me deixei ser gasto e desgastado e não me arrependo disto, dos pecados sim, mas não do trabalho na obra e dos discursos nela feitos por mim.

Rebeldia, emocionalismo, sentimentalismo até onde foi um desses tripé que eu vivi. Já que estou em tratamento hoje desses.

Realmente é necessário ser lembrado de quem é a igreja e que os titulos consomem a vida cristã. Já que as mesmas intituladas denominações lutam pela unificação do corpo, mas sendo que cada qual não querem ter contatos com outras parte do corpo.

Parece-me que as mãos não acareciam os pés, nem fazem parte do mesmo corpo, e que a cabeça (não O cabeça) já não as mantém mais em sintonia.

São estas as minhas meras palavras, de alarde deste coração em tratamento.

Graça e paz.

Elias Ramos disse...

A verdade é que não podemos nos esquecer que quando estamos na presença de Deus (e isto é sempre, ou ao menos deveria ser), estamos pisando em "lugar sagrado"(Ex. 3.5). Como homens ou mulheres de Deus, servos, filhos e tantos outros adjetivos que poderia usar para classificar aqueles que tem Cristo como Senhor, deveriam seguí-lo principalmente nos aspectos de humilhação e humildade. Os títulos são para os homens, a verdade da essência humana (corrompida) diante de Deus (e isto é sempre, ao menos deveria ser).

Heitor Alves disse...

Olá Ezequias.

Seu blog agora faz parte da Sociedade Calvinista. Aconselhamos que você também faça divulgação da Sociedade pegando um dos códigos no link abaixo:

Ferramentas e Gadgets

Abraços.

Heitor Alves
eleitosdedeus.org/sociedadecalvinista

Neusa Carvalho disse...

Graça e paz.
Fui muito abençoada por essa mensagem!
Fico me perguntando: - E se tivéssemos que passar por alguma dessas lutas? Será que teríamos fé e força?
Louvo a Deus pela oportunidade de conhecer esse grupo.
Sei que vou aprender muito.