Certo dia, um pai descobre que seu filho é um drogado, dependente de crack. Faz de tudo para ajudar o rapaz, mas este, ainda que lute para se desenvencilhar da droga, não tem mais forças para largá-la e tenta se matar, até mesmo para se livrar do complexo de culpa pelo desgosto causado aos pais. O pai o acha a tempo ( estava meio de olho), socorre-o e o salva.
Alguns dias depois, em conversa com o filho já convalescente, propõe-lhe uma solução extrema. O pai tem uma idéia para devolver ao filho a força para sair daquela situação. Este, desesperado, ainda que sem compreender bem o que o pai tem em mente, aceita.
Pegam um carro e vão, somente os dois, para um sítio isolado, longe de tudo e de todos. Ali, tentam lutar contra a droga, cortando lenha, subindo corredeiras, trabalhando pesado até caírem mortos de cansaço. O pai está atento e determinado mais que o fragilizado filho.
No segundo dia, o rapaz começa a mudar. Mostra-se indócil, agitado, impaciente, nervoso, irado, truculento, violento. Seu organismo começa a reclamar; precisa daquela droga. Com um pouco mais de tempo, seu organismo exige. O pai vai contemporizando, conversando, distraindo, sabendo que precisa ganhar tempo. Precisa de, pelo menos, uma semana.
No terceiro dia, o filho tenta fugir à noite, mas o pai, que a estas alturas está dormindo com um olho só, o intercepta. O garoto está transtornado e louco. O pai o agarra. Cego por dores internas fortíssimas, reage com fúria e tenta correr . O pai se recupera e o alcança. Está determinado a ajudar o filho. A meta é uma semana. Ainda faltam 4 dias, que prometem ser os piores de suas vidas. Agarra o garoto, que tenta agredi-lo novamente. Mas desta vez o pai é quem o soca violentamente. O garoto cai desacordado.
O pai o leva de volta para a casa e o amarra na cama. Quando o rapaz acordo e se dá conta da sua condição, começa a gritar, gemer, xingar, blasfemar, contorcer-se e desafiar o pai, dizendo os piores desaforos. Este tenta abraçá-lo, acalmá-lo com palavras doces e de ânimo, mas é recebido com cusparadas e palavrões. Uma noite de cão.
Amarrado, o rapaz fica ali por mais 4 dias. Reclama de dores nas costas, de mau jeito e de dores nas mãos e nos tornozelos, por causa das cordas. O pai tenta afrouxá-las, para aliviar o desconforto e permitir que ele vire-se de lado, mas ele tenta escapar. É preciso lutar, agarrar, bater de novo.
Bem, não vou me alongar nos detalhes desse transe medonho. O fato é que a semana se passa e , ao raiar do oitavo dia, o garoto já não está mais suando nem sentindo cólicas nem trêmulo nem com dores musculares. A dependência química está cedendo. Restam, ainda, os fatores psicológicos. Mas esses requerem um cuidado de mais longo prazo. E já não será amarrado numa cama que serão vencidos.
Logo pela manhã, o rapaz acorda com um cheiro de café coado na hora, broa de milho, pão, manteiga e outras guloseimas. Uma mesa posta. Ele estava quase de jejum e fica cheio de fome.
Então o pai o surpreende com o inesperado. Chega à sua cama com um sorriso e corta-lhe as cordas. Solta-o e convida-o para o café. Ele toma um banho quente e se assenta à mesa. Está mais animado e chega a balbuciar algumas palavras monossilábicas em resposta às tentativas de conversa do pai. Está despertando de um pesadelo.
De repente, no meio do café, num gesto brusco, levanta-se e corre para a porta. Num segundo, já está lá na porteira. Mas estranha que seu pai não esteja ao seu encalço. Olha para trás e constata que ele ficou parado na porta da casa. Entre desconcertado e curioso, ele pára, volta-se e arrisca mais uma olhada, como que a perguntar: “você não vai me prender?”
O pai entendendo a perplexidade do filho, grita: “filho, hoje você é livre. Das drogas e de mim. Você volta para elas se quiser; volta para mim se quiser. Filho, não quer terminar o café?”
A vida é formada por escolhas que fazemos desde a mais tenra idade. A mais importante de todas as escolhas é essa ilustrada por essa história: ficar para o café ou partir para o gozo das futilidades da vida!
Eu sou a favor sim, dos drogados, porque quero que todos tenham acesso a essa escolha que determinará o lugar em que eles passarão toda a eternidade: vida ou morte. Qual será que você irá aceitar?
6 comentários:
todos nos temos sempre uma segunda chance...
Pr. aqui no RS, estamos e plena campanha contra o Crack, e como temos deparado com estas pessoas.E o que mais nos entrestece é que muitos que temos ajudado no centro de recuperação, " não querem voltar para tomar o café".
Eu também acredito que eles precisam de uma nova chance.
Também sou a favor!!!
Miss. Alessandro (Sapucaia do Sul), RS
Prova de fé.
Tremendo o texto.
Poucos entendem que Jesus veio para os doentes e não para os sãos. Uma pena...
Deus o abençoe pastor...
Parabens, adortei a atitude deste pai, pois temos que respeitar as decesoes das pessoas más orienta-la cláro , muitos caem nesta armadilha das drogas por inumeros detales um deles principalmente é a orientação e a falta de amor propio, quero responsabilisar os propios pais que a exagerada proteção de seu filinhu querido permite que os mesmo fação tudo oque quer e depois deparão com esta situação e depois querem contornar isso como se foce um problema do seu filho , é os dois que estão errado, atitudes tragicas sáo cometidos pelos pais para livrar seus filhos de um vicio que eles mesmos permitiraão involumtariamente permitirão, tenhu este problema aqui em minha familia e dei a escolha para meu filho se ele quer as drogas ou a familia a escolha é dele lógico monstrando os dois lados o bom e o ruim, a biblia nos dá livre abitrio para nossas escolhas e temos que respeitalas se Deus respeita nossas escolhas porque não nós. obrigado pela oportunidade e que Deus venha abençooar a todos incondicionalmente respeitando a escolha de cada um.
Fortalecimento, Fé, amor, dedicação, tudo isso um pai faz pelo filho... somos guerreiros, lutamos, brigamos, vamos até numa guerra para defendê-los. Deus sempre abençoa os pais lutadores. Parabéns por esse corajosa iniciativa. Rita Vieira
Ter um drogado na familia é terrivel e a única solução é a Fé em algo realmente maior. Parabéns pela atitude.
Lilian Barros
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