sexta-feira, 17 de abril de 2009

NÃO VOU AZEDAR O MEU CORAÇÃO!

"Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se converve muita gente em vida". (Genêsis 50.20)

O coração da gente espremido não pode ser como o limão que retribui com um sabor azedo e queixoso, tem de ser como o pêssego, mesmo compressado ele produz um suco doce e palatável. Sei que é humano retribuir o mal com o mal, e o apóstolo Paulo diz que precisamos andar na contra-mão do sistema pois, "não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Romanos 12.21). O mal já nos é intrínseco como seres humanos, em outras palavras, não há novidade alguma em expelirmos caldos de rancor diante da vicissitudes da vida, agora, o diferencial é estarmos sempre com um sorriso nos lábios expressando o nosso contentamento em saber que não somos obrigados a pagar o mal com o mal, até mesmo porque "bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus" (Mateus 5.3).

O desafio posto para mim e para você é: sermos misericordiosos! Ontem eu fiz um oração, na minha experiência de vida bem ousada! Eu disse: não vou azedar o meu coração! Não vou comentar negativamente sobre aquilo que fazem de mal na minha direção! E, ainda vou ajudar quando os meus "inimigos" virem até mim! E, vou fazer isso não porque eu sou bonzinho ou há alguma áureola de santidade celestial em mim. Não, absolutamente! Farei isso por obediência ao Senhor!

Pentecost vai definir um misericordioso como "um homem cheio de amor, que ama com o amor de Deus. É o homem em cuja vida a cruz realizou uma obra transformadora conformando-o a Jesus Cristo". Essa definição marca algumas caracteristicas de um coração que de fato, não permita ser azedado pelas circunstâncias da vida.

(a) Trata-se de um coração cheio de amor.

Olha, amor não se demonstra apenas por meio de confissões brilhantemente elaboradas. O amor é o que o amor faz. Tem muito poeta ai que fala muito bem do amor, mas não vive! O amor é mais do que essa cantoria ridicula que o povo chama de "música romântica"! Amar é uma decisão de fidelidade, comprometimento, exclusividade, em fim é uma aliança poderossísima entre um homem e uma mulher que se colocam diante do outro para viverem em um nível celestial de existência!

Estar cheio de amor implica em "olhar com simpatia os erros de um irmão", como diz um dos nossos hinos tradicionais. Não adianta dizermos que amamos a Deus se não amamos os nossos irmãos (I João 4.20). Fico pensando que o meu grande desafio nesse momento que estou vivendo seja amar os não amáveis! Amar os que trocaram minha intimidade por inverdades! Amar os que não me respeitaram (nem digo como pastor, mas sobretudo como pessoa!)! Eu decido amá-los!

(b) Trata-se de um coração humano cuja vida a cruz realizou uma obra transformadora conformando-o a Jesus Cristo.

Agora é que chega um ponto que gosto muito: diante da cruz de Cristo não há lugar para o orgulho. A cruz nos nivela tudo por baixo mesmo, e diante dela nos colocamos como pessoas indignas até mesmo de sobreviver! O que somos, somos pela graça de Deus!

Um dos livros mais importantes que li nesse ano foi "Humildade, a verdadeira grandeza", de C.J. Mahaney. E num dos capítulos, Mahaney presenteia seus autores com uma relação formidável entre a cruz e a humildade.

Mahaney diz que certo dia teve o privilégio de passar uma hora com Don Carson, um grande conhecedor das Escrituras e ele contou de uma conversa que teve com um outro mestre da Bíblia, Carl Henry. O Dr. Carson perguntou ao Cr. Henry como ele permanecera humilde por tantas décadas, e recebeu a seguinte resposta: "Como alguém pode ser arrogante quando fica ao lado da cruz?"

Penso então que o nosso grande desafio é ficar ao lado da cruz, ou como diria um outro dos nossos hinos, "ao pé da cruz", para que daí obtermos forças para prevalecermos diante daqueles que nos "puxam o tapete"! Justiça seja feita, seja misericordioso, porque Deus lhe concederá misericórdia!

E o seu coração seja mais próximo possível do dulçor do pêssego, a fim de hoje e sempre você venha receber de Deus inspiração para a sua existência!

Um comentário:

joão Rodrigues Gomes disse...

Obrigado Pastor.Ñ importa q religião pertencemos ,pertencemos a Cristo ,olhe sou casado há 11 anos e ñ tenho filhos mas o amor pela minha esposa é mais forte ,sou nazareno , músico .è claro gostaria de ter filhos , mas vou confiar ,pois Deus é fiel .Foi benção ter lido a sua mensagem .