quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TEATRO EVANGÉLICO: APRECIE COM MODERAÇÃO!

"Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a pedra?" (Jeremias 23.29)

Em meio ao grande evento que promove o Teatro em nossa cidade, venho tecer algumas considerações sobre o uso dessa arte na proclamação do Evangelho do Senhor Jesus, e me porto como alguém que admira a boa interpretação cênica, mas ao mesmo tempo questiona se o meio artístico é de fato um ambiente onde a mensagem salvadora penetra sem quaisquer ruídos ou modificações causados pela performance humana.

Trocando em miúdos, a dramatização em uma peça (e posso pensar aqui na já tão falado no meio evangelico em nossa cidade, "o jardim do inimigo", mas poderia citar outras peças, entre boas e ruins) é a expressão de uma mentira, que visa apenas a representação de personagens fictícios, com uma e outra lição de moral nas falas, mas que quase sempre não refletem necessariamente o estilo de vida do intérprete. São muitos os artistas que, depois de muitos anos representando papéis tão diferentes entre si, acabam em choque em sua própria personalidade, corroborando para uma vida infeliz e dramaticamente amargurada. Basta uma olhadela sincera nas biografias dos grandes atores e atrizes do cinema, do teatro e das telenovelas para chegarmos a essa triste conclusão: eles representam tanto serem quem não são que se esquecem de quem são!

Em meio a essa "mentira existencial" não são poucos os artistas que, podem até comunicar valores de Deus em uma peça ou drama, mas tudo no nível técnico, nada ainda que representa uma mudança de convicções, por isso é que são muitos (não gostaria de ser genérico, mas tenho de usar de sinceridade) os componentes de nossos ministérios de teatro e dança que se afastam dos caminhos do Senhor e se tornam, levianos e muitas vezes devasos em seus comportamentos e posturas. Em outras palavras, eles se tornam piores do que os impios em suas impiedades!

Mas e ai? É conveniente usar de peças de teatro para evangelização? Eu responderia: "Sim e Não!".

* "Sim" se os textos das peças forem transcrições de versos bíblicos, sem invencionices gospéis e bizarrices como o Diabo dando conselhos á igreja do Senhor Jesus;

* "Sim" se os atores e atrizes estiverem cheios de Deus e em obediência à direção do líder da igreja, e não ensimesmados para terem suas apresentações recebidas com calorosos aplausos da pláteia;

* "Sim" se o roteiro da peça não for provocativo demais, apelando para a sensualidade das moças para ganhar a atenção dos marmanjões cheios de hormônios sentados nos bancos das igrejas ou das praças;

* "Sim" se a peça for um meio e não um fim para a mensagem do Evangelho, isso posto de forma prática: toda peça deveria terminar com um tempo de aplicação da verdade por um pregador (ou pregadora) com conteúdo para apresentar Jesus aos pecadores;

* E, por fim "sim" se a motivação da companhia não for meramente entreter o povo, mas sim gloficar a Deus, tocando nos corações das pessoas com a verdade de Jesus e não do autor da peça.

Agora, vamos ao "não".

* "Não" se deve usar o teatro quando os atores e atrizes não são convertidos, estão entre nós, mas no primeiro desapontamento acabam se afastando e participando de peças seculares, ambientes próprios de convivência homossexual inclusive;

* "Não" se a representação de papéis como "demônios" e o próprio "diabo" for por demais exagerada, ganhando destaque nas peças em detrimento de Jesus e toda a sua realeza;

* "Não" se a peça for o programa principal de um evento, pois sem proclamação formal das Escrituras não há culto  ao Senhor, meramente um encontro de vaidades pesssoais;

* "Não" se não for ouvida a admoestação de Charles Spurgeon, pregador inglês do séc. XIX:

"A missão de entretenimento falha em realizar os fins desejados. Ela produz destruição entre os novos convertidos. Permita que os negligentes e escarnecedores, que agradecem a Deus pela Igreja os terem encontrado no meio do caminho, falem e testifiquem. Permita que os oprimidos que encontraram paz através de um concerto musical não silenciem! Permita que o bêbado para quem o entretenimento dramático foi um elo no processo de conversão, se levante! Ninguém irá responder. A missão de entretenimento não produz convertidos. A necessidade imediata para o ministério dos dias de hoje é crer na sabedoria combinada à verdadeira espiritualidade, uma brotando da outra como os frutos da raiz. A necessidade é de doutrina bíblica, de tal forma entendida e sentida, que coloque os homens em fogo."
Esses são pontos muito sérios para avaliarmos enquanto pastores, líderes e membros de nossas igrejas se não estamos dando espaço demais para grupos de teatro que se transformam em representantes de uma tendência que julgo ser perigosa, a de animadores do Evangelho. Não precisamos de mais cores e brilhos para a mensagem de Jesus, ela já vem dando resultados há milhares de anos, justamente pelo poder que ela esconde, conforme disse o apostolo Paulo aos Romanos: "porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego".

Jesus nos basta! E as peças teatrais têm de promover a Jesus! O resto é resto!

Tenho dito.

PS. A peça "jardim do inimigo" com bilheteria esgotada em nossa cidade é um exemplo flagrante do uso do teatro para promover o erro e certamente, não tem efeito algum para a conversão do pecador e a apresentação de Jesus como o unico Salvador do Mundo.

3 comentários:

Ana Paula Esquivel disse...

É verdade... enquanto a Escritura for colocada em segundo plano os equívocos serão desastrosos.

"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus."
Mateus 22:29

Deus o abençoe queridão!

Ana Paula Esquivel disse...

É verdade...
Enquanto a Escritura for deixada em segundo, ou último plano os erros serão inevitáveis e a propagação do Evangelho infrutífera.
"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus."
Mateus 22:29

Deus o abençoe queridão!

Cínho Oliveira disse...

Acredito que toda crítica é válida, quando se conhece o que esta sendo criticado, ou melhor o testemunho de fé das pessoas que fazem a peça "jardim do inimigo "me desculpe pastor mais é uma opinião sua, na nossa igreja foi apresentado essa peça e muitos que se dizem cristãos se enxergaram. A peça é valida de acordo com o culto que esta sendo feito, se é para cristãos religiosos, hipócritas e super "heróis " com ctz é a melhor peça para se retratar isso. O teatro Jeová Nissi (nome do grupo) ganham muitos jovens das drogas com suas apresentações, críticas são fáceis, difícil mesmo é manter os jovens nas igrejas com tanta coisa errada que acontece começando do púlpito. Vamos orar por cada ministério por quê críticas não vai fazer o senhor levar o nome de Jesus adiante e nem muito menos ganhar almas.