sábado, 5 de fevereiro de 2011

A SOLIDÃO DO LÍDER E O DESAFIO DE SER PASTOR!

"A solidão é a marca da autoridade". (Watcman Nee)

Tenho pensado nos homens de Deus que marcaram a minha vida, pessoas especiais que foram sustentadas pelo Senhor em tudo, alguns com salários paupérrimos, recursos pequeníssimos, mas que não deixaram de ser fiéis no envolvimento com as pessoas e com a proclamação fiel das Sagradas Escrituras. Vejo rostos, lembro de nomes e fico emocionado ao relembrar de que alguns partiram para a glória, e como Abel, falam mesmo depois de mortos!

Mas, o que a ver um pastor? Além de um homem solitário, vez por outra incompreendido, esquecido e questionado constantemente por críticos duros e insensíveis que desejam fazer dele, algumas vezes, capachos de seus desejos imperialistas. Na realidade, o obreiro quando está no exercício de seu ministério precisa estar consciente de suas funções, já divinamente reveladas na Bíblia, sobretudo no uso do termo "pastor" para se referir aos líderes dentre o povo de Deus. Por que, justamente "pastor"? Segue algumas dicas do pr. Irland Pereira de Azevedo para aplicarmos o trabalho pastoral (com as ovelhas de verdade) ao ministério pastoral (de ovelhas espiritualmente constituídas):


* Nos tempos bíblicos, ele era antes de tudo um vigia. Ele divisava o horizonte, antecipava tempestades ou enchentes, conforme a época do ano, ou a aproximação de inimigos.

* É também o guardador do rebanho. A missão do pastor oriental não era apenas supervisionar as ovelhas, mas também protegê-las. Ele as defendia, pois sabemos que entre a espécie animal as ovelhas figuram entre as mais indefesas.

* O pastor é um guia. As ovelhas não podem caminhar sozinhas, pois lhes falta sentido de direção. Elas precisam de um condutor, um líder, alguém que vá à frente.

* O pastor em Israel era também um médico para suas ovelhas. Estava sempre atento ao bem-estar físico de suas ovelhas: as que eram vítimas de algum distúrbio feriam os pés, quebravam a perna, manquejavam, perdiam o apetite, sentiam falta de ar, caiam e ficavam de pernas para o ar, ou eram velhas ou pequeninas demais para caminhar.

* O pastor é um “salvador” ou restaurador. Ele “salva”, ele “restaura” a ovelha que se perdeu. O salvamento é um trabalho crítico e difícil para o pastor.


É bom acrescentar que cabe ao pastor não privilegiar ovelhas as ovelhas mais dóceis, mas tratar a todos igualmente, uma vez que ele sempre presta contas de todas elas ao seu Senhor! Hoje percebemos uma perigosa profissionalização do ministério pastoral, quando homens inescrupolosos tem se feito "pastores" para comandar igrejas formadas por divisões e marcadas por um espirito rebelde e divisionista, somente para brilharem como "luzes próprias", pois se cansaram (segundo eles) de colaborarem em denominações solidamente estabelecidas em nosso país.

Nunca me cansarei de acusar os "projetos", "comunidades", "ministérios" e outras "igrejas independentes" como aberrações eclesiásticas, pois foram plantadas não com o senso de missão, mas sim de ambição, e certamente, seus líderes não desejam  o bem de suas ovelhas, mas a preciosa lã delas para serem vendidas a outros espertalhões e assim o lucro ser completo!

Termino com a oração de John Piper, em que ele clama a Deus para que os pastores se vejam como mensageiros simples do Deus Todo Poderoso e não como homens que aspiram reconhecimento e credibilidade diante dos homens da nossa sociedade pervertidamente perniciosa:


“Elimina o profissionalismo de nosso meio, ó Deus, e em seu lugar dá-nos uma oração apaixonada, pobreza de espírito, fome de ti, estudo rigoroso das coisas sagradas, devoção fervorosa a Jesus Cristo, extrema indiferença diante de todo lucro material e o labor incessante para resgatar os que estão perecendo, aperfeiçoar os santos e glorificar nosso soberano Senhor.”

Amém.

3 comentários:

Voltemos ao Caminho | blog disse...

Pastor Ezequias,

Excelente seu texto. Creio que precisamos de homens como, por exemplo, Spurgeon que dedicou incondicionalmente ao ministério e não negociou a sua fé em Deus:

http://voltemosaocaminho.wordpress.com/2011/02/07/uma-breve-biografia-de-charles-h-spurgeon/

Que Deus continue abençoando a sua vida!

Um forte abraço,
Marcos Sampaio

pr. Carlos Martins disse...

"Nunca me cansarei de acusar os "projetos", "comunidades", "ministérios" e outras "igrejas independentes" como aberrações eclesiásticas, pois foram plantadas não com o senso de missão, mas sim de ambição, e certamente, seus líderes não desejam o bem de suas ovelhas, mas a preciosa lã delas para serem vendidas a outros espertalhões e assim o lucro ser completo!"
achei interessante mas com todo respeito parece que o pastor ignora a história, algumas igrejas centenarias que saíram de outras igrejas e na época tambem foram criticadas o que diriamos por exemplo de jhon wesley fundador das igrejas metodistas seria ele tambem uma aberração eclesiastica. não podemos colocar de pé de igualdade a obra de Deus e a denominação, batista não vai entrar no céu, nem assembleano, nem presbiteriano, lá não haverá divisões,só os lavados e remidos no sangue de jesus entrarão, eu na minha vida todo sempre fui crente, e estive batista hoje sou pastor de uma igreja idependente (segundo a sua visão aberração eclesiastica, sigo os princípios que apreendi, mas nunca vou me considerar melhor que ninguém sabe por que pastor , a salvação é pela graça por meio da fé e isso não vem de VÒS e nem das OBRAS. por isso me alegro na minha insignificância e me refugio no favor de Deus, faça o mesmo e será menos solitário. um abraço Pr. Carlos MArtins

Elaine Castro disse...

Lindo, pastor!
Lindo, lindo... como é importante q ovelha ter uma visão ampla do ministério do seu pastor para o valorizar.
Como o ministério é solitário e a família sofre junto com o pastor.
Gosto dos seus apontamentos e verdades ditas.