quarta-feira, 6 de agosto de 2008

NINGUEM FAZ NADA SOZINHO!

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Salmo 133.1).

Perguntado a cerca de uma hora no programa de TV da Fabiola (“Programa Vida & Saúde", TV MASTER) qual era o meu maior destaque nas nove edições da “Grande Festa do Milho” eu respondi sem pestanejar: “a força dos nossos voluntários”.

Esse ano nós firmamos contato com um bom “Grupo de Trabalho” com vinte cooperadores, dentre estes há destaque para 04 coordenadoras e outros 16 líderes de barracas e de áreas estratégicas da Festa. Estamos estimando para esse ano 200 voluntários dedicando-se diuturnamente nos dois dias desse fim de semana (09 e 10 de agosto).

Além disso, tudo vamos contar com cooperadores pertencentes de outras igrejas evangélicas e pessoas queridas de nossa comunidade que, mesmo não pertencendo ao nosso grupo de irmãos de fé participarão porque vêem na Festa do Milho uma oportunidade de uma integração saudável entre a comunidade e a igreja. Cremos que frutos espirituais virão dessa união!

Nossa Festa é um dos poucos eventos evangélicos em que o apoio do Poder Público é prezado pela lisura e legalidade de processos, sem qualquer conotação político-partidário. O nosso povo é doutrinado a ser livre no exercício da política sem firmar alianças espúrias e perigosas com o adesismo político de última hora. Somos livres, e como bons batistas defendemos a completa separação entre igreja e Estado!

A força do nosso povo me emociona! Lendo esse verso acima destacado algumas realidades me vêem à mente:

01) Causa delicia a alma humana ter alguém a quem compartilhar algum projeto que seja nobre.

O texto diz como que num suspiro: “oh! Quão bom e suave...”. No mundo competitivo e carnal que vivemos, estamos sempre nos esbarrando na já famosa lei de Gérson: “o negócio é levar vantagem em tudo”.

Recentemente fiquei surpreendido ao saber que, logo na porta do hospital que trata de pacientes com câncer na cidade do Rio de Janeiro há uma mulher que monta a sua barraca para vender perucas! Isso mesmo! Ela aproveita o filão de pessoas que saem adoecidas emocionalmente pela aplicação danosa (embora seja terapêutica) de quimioterapia para apresentar um produto aquelas que certamente perderão seus cabelos naturais! Pode ser algo do “jeitinho carioca de ser”, mas me parece altamente de mau gosto e despropósito!

Agora quando somos chamados a viver um compartilhamento tão visceral da dor do nosso próximo a ponto de estarmos unidos com ele, e não meramente juntos, podemos exclamar: “isso é bom e agradável!!!”. A sociedade está carente de pessoas que tenham no coração o interesse de manter relacionamentos que sejam desinteressados de outros valores que não o de, pura e simplesmente, amar e ser amado!

02) Tem que haver constância na caminhada de amor solidário envolvendo as pessoas.

Repare comigo que o texto diz: “vivam em união”. Não se trata de viver hoje e depois parar de viver em união. É viver em união, envolve uma dinâmica muito mais ativa e presente. Nada de algo fortuito e sem continuidade.

Olha, certa feita ouvi uma frase feliz: “quando se sonha sozinho é apenas um sonho, quando se compartilha esse sonho, ele se torna realidade”. Viver em união implica em fazer valer a preocupação de orbitar a nossa vida em torno do outro e não de nós mesmos! Não podemos aceitar sermos verdadeiros parasitas sociais, olhando apenas para nosso próprio umbigo. Aceitamos o desafio de fazer do outro nossa agenda de vida!

Vivermos em união é a nossa grande obsessão e sempre dependendo uns dos outros, uma vez que todos são importantes. Não podemos ser como aquela centopéia de uma crônica conhecida: o macaco lhe perguntou qual das cem perninhas ela mexia primeiro para caminhar. Ela então parou, pensou, pensou e nunca mais voltou a andar.

Não importa quem é o principal. Na ótica de Jesus o maior é aquele que serve e não aquele que é servido! Não se esqueça disso! (Lucas 22.26)

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