“Devemos permanecer firmes durante os períodos de perseguição, visto que a igreja cristã jamais entrou em um túnel sem fim. Muitas vezes, o túnel pode ter sido mais escuro e mais longo do que alguém ousou imaginar, mas os que permaneceram firmes em sua fé, apesar de tudo, eventualmente saíram, de novo, para a luz do sol. No caso da perseguição final, o sol será o da exaltação do Salvador, no fim do mundo.” (Stuart Olyott)
A igreja do Senhor Jesus nesse tempo está sendo convocada a rever suas posições escatológicas sem a preocupação cronológica dos eventos descritos nas Escrituras, mas com o coração aquecido pela certeza de que o Senhor Jesus virá com poder e grande glória buscar os seus eleitos. Em outras palavras não importa o “como” ou o “quando”, mas sim com “quem” virá de entre as nuvens em uma vinda repentina, gloriosa e iminente.
A postura da igreja deve ser de cautela por conta do aparecimento do Anticristo. O Novo Testamento nos conta da vinda de um anticristo pessoal, mas também nos ensina que o espírito do anticristo já está no mundo e que muitos anticristos já surgiram (I João 2.18-19; 4.3; II João 7). Esses anticristos estão na realidade preparando o terreno para o maior deles, aquele que se encontra prefigurado na figura de Antioco Epifanio nas profecias de Daniel. O aparecimento desse cidadão do inferno fará o mundo experimentar uma modalidade excepcional de poder do império das trevas.
Agora é fato que como ministros do evangelho temos a responsabilidade de persistirmos em nossa abordagem sistemática das Escrituras, ensinando “todo o conselho de Deus” (Atos 20.27) sem abrirmos concessões para os poderes estabelecidos deste mundo, pois como igreja ansiamos agradar a Deus e não aos homens.
Com tristeza verifico um flerte indecente entre a igreja apóstata e o mundo. Parece-me que cada vez mais se proliferam na igreja evangélica brasileira um espírito midiático que a faz amar a estética e desvalorizar a ética; privilegiando o discurso e abrindo mão da missão, por fim, vejo que a postura da igreja deve ser beligerante em relação aos valores do mundo, e para tanto não pode compactuar-se com o ouro das propostas indecentes e dos acordos ilícitos! A palavra de ordem de nosso tempo é: santidade!
Termino com a fala do brilhante teólogo puritano, John Owen:
“Não há qualquer imaginação com a qual o homem é iludido, se torna mais insensato; sim, nenhuma imaginação mais perniciosa do que esta: pessoas não purificadas, não santificadas, não tornadas santas nesta vida devem, posteriormente, ser conduzidas a um estado de benção que consiste no gozo de Deus. Essas pessoas não podem desfrutar a Deus, nem Deus será a recompensa delas. A santidade é aperfeiçoada no céu; mas o seu inicio está invariavelmente confinado a este mundo. Ninguém é levado ao Céu por Deus, senão aqueles que Ele santifica na terra. A Cabeça viva não admitirá membros mortos.”
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