"No fundo, um verdadeiro avivamento é simplesmente um maior amor, uma dependência mais profunda e uma intimidade total com o próprio Deus". (Gregory Frizzell)
Na realidade o avivamento é o tempo de Deus mexer com as estruturas de uma igreja fria, apática e acomodada. Um avivamento costuma dispor os crentes a uma entrega maior e irrestrita ao senhorio de Jesus, onde as pessoas são intensamente tocadas a ganhar almas para o Reino de Deus e outras tantas são tocadas a buscarem relacionamentos redentivos com pessoas crentes. Em suma, no avivamento os vinculos da comunhão são firmados e a comunhão entre os santos estabelece-se no prisma do quebrantamento e da humildade.
Recentemente li o livro de C.J. Mahaney, o "Humildade", em que ele apropriadamente disse que quando tivéssemos alguma dificuldade com o orgulho inchado no coração deveríamos olhar para a cruz, isso porque é impossível ser vaidoso diante da cruz!
A cruz nos desnuda e coloca diante de nossa existência patética o nosso próprio limite. Por essa razão cunhei a frase o avivamento como uma inundação. Além de eu ter vivido isso em nosso último dia de Retiro desse ano, quando uma enchente nos surpreendeu na casa onde estavámos, levando-nos a uma atmosfera de destruição e sustos indescritíveis, me veio à mente uma fala de Gregory Frizzel que destaco agora:
“Você já experimentou o poder de um rio caudaloso, transbordante?...Quando uma enchente ocorre, todas as atividades normais cessam e vidas são mudadas pra sempre....Considere um evento tão grande que mudaria para sempre seus relacionamentos e o mundo.... Estou falando da varredura do derramamento de um avivamento, da manifestação da presença do próprio Deus. (Isaías 44:3; Atos 2:1-2)"
Esse é o avivamento que eu sonho para este tempo, que seja como uma inundação feroz e implacável, mas que venha do alto para despertar o sonolento povo de Deus nesta época onde as tragédias se avolumam, e muitos ficam de um lado e do outro perguntando "por que?" ao invés de "para que?".
Termino com uma ilustração que achei preciosa de um artigo de Franklin Ferreira:
Sob o reinado de Maria Tudor, a sanguinária, muitos ministros e bispos foram queimados na estaca, a ponto disto ter se tornado um evento comum. Charles Spurgeon, o grande pastor batista vitoriano, relatou a seguinte história aos alunos de sua Escola de Pastores. Durante o reinado de Maria Tudor, um homem notou um grande número de pessoas viajando, logo ao amanhecer, na estrada de Smithfield, um lugar geralmente usado para as execuções. Ficou imaginando o que traria um tão grande número de pessoas à rua, fora de suas casas, àquela hora do dia. Então perguntou a um homem que passava: “Para onde estão indo vocês?” Ao que respondeu o homem: “Estamos indo a Smithfield, para ver o nosso pastor ser queimado”. Estão lhes disse: “Porque desejam ver tal coisa? Que proveito isso lhes trará?” Responderam: “Vamos ver o nosso pastor ser queimado para aprendermos o caminho”.
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