Dei uma entrevista recente a um adolescente sobre aborto e penso que alguns pensamentos podem ser visitados para propor uma reflexão sobre esse tema, mesmo que ainda incipiente.
O aborto não é apenas uma questão religiosa. Entendo que ele deve ser encarado também com um assunto relacionado aos "direitos humanos". Afinal de contas, todo ser humano tem direito à vida, de acordo com a nossa constituição. As estatísticas dizem que o número de abortos aumenta na proporção em que o respeito à vida diminui.
E temos um manual que nos incentiva o respeito aos direitos humanos, de modo bem mais consistente do que qualquer compendio de escrita humana. A Bíblia é um livro pró vida. Desde o Gênesis encontramos um Deus que criou todas as coisas vivas. Há um respeito divino em relação à vida. Em um dos mandamentos entregues por Deus a Moisés, líder do seu povo no Antigo Testamento temos o famoso "não matarás", Êxodo 20.13. No Novo Testamento temos Jesus sendo o representante da vida o tempo todo em seu ministério. Ele curava doentes, ressuscitava mortos e chegou a dizer "eu vim para que tenham vida", João 10.10.
O fato é que em aconselhamentos com pessoas que já fizeram abortos, em todos eles percebo um forte sentimento de culpa por terem tirado a vida de quem lutava para viver! E entendo que, esse assunto que vez por outra volta em meio aos debates políticos, não pode ser tratada como bandeira de qualquer grupo cristão. Já existe uma lei contra o aborto no Brasil. Ele é crime, excetuando vítimas de estupro, e por razões médicas, quando há risco de morte da mãe. O que sinto falta em nosso país é uma consciência pró-vida.
A gravidez precoce é um erro, mas não acredito que o mesmo justifique um outro ainda pior, no caso, o aborto. Olha, o jovem precisa se conscientizar de que Deus criou o sexo para o casamento. Quando Deus entregou Eva a seu esposo Adão, ele disse: "Portanto, deixará o homem a seu pai e sua mãe (casamento) e unir-se à sua mulher, e se tornarão uma só carne (sexo)." Gênesis 2.25
Criar filhos exige maturidade. E, maturidade não tem a ver com idade, mas sim com responsabilidades assumidas ao longo da vida. E creio que a igreja deve acolher as adolescentes e jovens que se engravidaram a fim de ajudarem-nas no exercício da maternidade.
Os pais dos adolescentes e jovens que se engravidam devem fazer o que se espera deles: suporte. Mas deixando claro que avós não criam filhos. Filhos são criados por pais!
Devemos atentar-nos para o fato de que as orientações de Deus são sempre preventivas...mas o apoio dele aos pecadores é sempre providente... Logo, Jesus certa feita disse: "Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados que eu vos aliviarei". (Mateus 11.28)
Deus libera essa palavra de esperança para aqueles que já abortaram, ou pensam em fazê-lo.
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