26 - E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.
Postei duas mensagens em minha conta do "facebook" sobre o filme "Noé", dirigido por Darren Aronofsky, e interpretado em seu personagem principal pelo brioso Russel Crowe:
Antes do filme: "Pretendo assistir hoje o filme "Noé"...mas já deixo claro: o filme é uma ficção livre, sem compromisso algum com a fidedignidade bíblica. Quem vai comigo?"
E depois do filme: "Filme "Noé": uma ficção mentirosa ou uma mentira ficcional? Tenho minhas dúvidas. Uma certeza: um lixo."
Fica claro de que não fui ao cinema ontem com um grupo de jovens casais de nossa igreja para assistir um filme que fosse fiel à narrativa bíblica. Mas, confesso que não esperava algo tão surreal. O filme tem algumas marcas seríssimas de algo que posso chamar de "espírito de nossa época". Se não vejamos:
(*) Uma "guerra justa" entre bem e mal. Nesse conceito maniqueista, Noé apresenta-se como a única esperança de Deus em um mundo em que Ele já havia perdido o controle. Essa ideia de uma terra acabada, sem esperanças de intervenção alguma, dominada por homens maus (da semente de Caim) e uma minoria piedosa (da semente de Sete) permeia todo o filme. Em parte essas sementes realmente se rivalizaram, agora em nenhum momento a situação fica totalmente fora do controle divino.
(*) Os gigantes feitos de pedra. Essa foi uma invenção do diretor, pois não temos evidencias nas Escrituras que eles participaram da construção da arca. É importante salientar que o filme dá aos homens de pedra uma posição próxima de demônios aprisionados. E a ideia que se deseja passar é essa: seres infernais que ajudaram os homens em seu propósito de sobrevivência. Nada mais sincretista!
(*) A crise familiar que passa Noé, sua esposa e filhos por conta da falta de mulheres remete-se ao fato de que, em nossa sociedade a obsessão sexual é um dos males mais generalizados. Sem está se consumindo pelo desejo sexual, e sua "irmã" só não cede por que sabe que não é fértil. Ao ser curada, ela se entrega aos caprichos sexuais dele, pois já é uma "mulher completa". Não há sexo explicito, mas há instinto sexual em sua forma mais primitiva.
(*) O fato de que Cão trai a seu pai, por conta de uma mulher, "Nael", e Sete tenta matá-lo por conta de suas filhas, expõe uma fragrante enfase no genero feminino, que se exarceba no fato de que a nova humanidade virá a partir de duas mulheres! Não um homem e uma mulher (Adão e Eva), mas duas mulheres (as "netas" de Noé). Destaque para o lesbianismo e o feminismo! Afinal de contas as meninas vão se reproduzir como?
Por essas e outras barbaridades repito: o filme é bom para mostrar que o espírito de nosso mundo é esse, sujo e contaminado pela autonomia do ser humano, crises familiares devido à quebra de autoridade masculina e o feminismo que cresce à medida que os valores de Deus vão sendo jogados pelo ralo.
Péssimo filme. Péssima época.
Um comentário:
"Os Dez Mandamentos", filme famoso com Charlton Heston, também tem muitas coisas "que não estão na Bíblia", como Josué salvando a mãe de Moisés, e por sua vez sendo o pivô do assassinato cometido por Moisés; tem a mãe adotiva de Moisés indo com os hebreus; tem Ramsés como irmão "de criação" de Moisés; Coré, Datã e Abirão como malvados muito antes de saírem do Egito etc. Eu penso que o principal motivo para os cristãos verem filmes assim é para que depois reflitam na Palavra, e usem tais filmes até mesmo como ponto de partida para evangelização, obviamente "retendo apenas o que é bom" - ou seja, o que não está em desacordo com a Palavra. Eu vi o filme, gostei, apesar das inconsistências, e recomendo a leitura de (http://goo.gl/WvEj7A), que escrevi antes de ver o filme justamente para não me deixar influenciar.
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