Algo que me encanta no espírito do primeiro Natal é a simplicidade. Fico extasiado em poder imaginar o quadro bucólico do nascimento de Jesus na pacata Belém. Apesar de ser cidade de um rei (Davi), Belém escondia em si alguns aspectos de simploriedade, a ponto disso suscitar uma fala do profeta Miquéias:
"Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". (5.2)
Olha que quadro mais interessante: um rei de dimensões eternas oriundo de uma cidade pequeníssima. Isso mostra de uma forma tocante a verdade de que, em Jesus o pequeno veio para ser a origem do grande, o belo nasceu a partir do feio, e o complexo veio como consequência do simples. Esse é o Jesus das contradições, que desconcerta os valores mundanos que costumam supervalorizar os eminentes e poderosos. Jesus veio para inaugurar o tempo em que o ápice de seu governo seria o poder de amar e não o amor ao poder!
Fico pensando que nossa futura prefeita e todos os nobres vereadores deveriam aproveitar o clima natalino para tomarem a decisão de governarem nossa cidade tendo a força do amor como evidência. Como seria encantador saber que as pessoas que fazem de nossas cidades extensão de suas próprias casas tivessem a certeza de estarem sendo guiados por homens e mulheres que admitem suas limitações pessoais e sem sandices buscam em Jesus inspiração para governarem! Que sonho!
Jesus, o "Rei dos Reis e Senhor dos Senhores" (Apocalipse 19.16) não nasceu em um hotel cinco estrelas, mas dois anos após o seu nascimento, uma estrela orientou os magos viajantes até o local onde ele estava! Sua alimentação fôra simples, mas farta ("mel e manteiga", Isaías 7.15), e como é encantador saber que até hoje dos seus lábios saem o néctar da vida que adoça o nosso coração e apavora santamente nossa alma! Relembro sempre com alegria o dito por Bernardo de Claraval no século XII, "oh! Jesus só de dizer o teu nome, minha alma enche de dulçor!".
Termino aplicando algo que deixa o meu coração perturbado: tomemos cuidado para não comemorarmos de modo grandiloquente algo que originalmente foi tão simples! Em outras palavras, incomoda-me algumas celebrações natalinas muito voluptuosas que, em nada chega perto da grandiloquência da simplicidade, que foi o nascimenro do Deus-menino, Jesus!
Um simpes Natal simples para você!
Um comentário:
Passei por aqui, li e gostei. a reflexão fala de uma verdade que o mundo ainda não conseguiu enxergar.
Um grande abraço.
Postar um comentário